De acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o comércio de veículos, motos, parte e peças registrou avanço de 4,8% em agosto em relação ao mês anterior. Tal resultado segue na contramão do varejo brasileiro, cujas vendas contraíram 0,1% sinalizando a terceira queda seguida, no menor patamar do ano, ainda patinando em meio a um cenário de inflação e juros elevados.
O resultado foi ligeiramente melhor do que a expectativa em pesquisa da Reuters de queda de 0,2%, mas levou as vendas a acumularem perdas de 2,5% nos três meses seguidos de taxas negativas.
Na comparação o mesmo mês do ano anterior, entretanto, as vendas mostraram desempenho melhor do que a expectativa de estabilidade ao crescerem 1,6%.
O desempenho do setor varejista brasileiro vem patinando nos últimos meses em um cenário de aperto do crédito e cautela com a inflação. Embora o IPCA tenha registrado em agosto o segundo mês de queda dos preços ao consumidor, isso se deveu principalmente ao impacto do recuo dos custos dos combustíveis.
Embora o resultado de agosto tenha posicionado o comércio no menor patamar do ano, o volume de vendas ainda está 1,1% acima do nível pré-pandemia, de fevereiro de 2020, mas 5,2% abaixo do ponto mais alto da série, em outubro de 2020.
O desempenho do varejo no país acompanha o da produção industrial, que em agosto voltou a registrar queda, de 0,6%, ainda com dificuldades de deslanchar e retomar o patamar pré-pandemia.
Fonte: Novo Varejo