A empresa de táxi aéreo Lilium Air Mobility pretende aumentar sua capacidade produtiva. A meta é produzir até 400 unidades do Lilium Jet, aeronaves elétricas de pouso e decolagem verticais que foram concebidas para realizar viagens de curta duração.
A Lilium é uma das referências no mercado de veículos de pouso e decolagem verticais, que são conhecidos pela sigla eVTOL. Entretanto, a companhia vem enfrentando desafios importantes, como as dificuldades em obter certificações e buscar fornecedores para tecnologias. Neste ano, as ações da Lilium já despencaram 73%.
“Estou me dedicando para entregar um sistema de produção para 400 aeronaves. E se eventualmente nós tivermos a sorte de ampliar a capacidade para 800, nós vamos duplicá-lo. Mas isso não seria feito aqui (na Alemanha), e sim onde os grandes mercados estão”, afirmou Klaus Roewe, CEO da Lilium e que acumula larga experiência no setor aéreo em empresas como a Airbus.
Baterias seguras
Segundo o executivo, a Lilium pode aproveitar informações provenientes de recursos públicos, como bolsas de pesquisa e outros tipos de estudos. Roewe não detalhou de onde viriam os investimentos públicos, tampouco a quantia envolvida nessa possível transação.
A Lilium afirmou estar convicta de que suas baterias de lítio atendem aos padrões de desempenho e segurança. Em fevereiro de 2020, um incêndio destruiu uma bateria e forçou a empresa a adiar seu cronograma de testes para descobrir as causas do acidente.
Roewe admitiu que o risco de fuga térmica nunca deve ser descartado. Porém, o executivo assegurou que a probabilidade de ocorrências graves é mínima – como acontece nos jatos comerciais
Operações no Brasil com a Azul
Enquanto isso, a empresa planeja instaurar uma rede de transporte regional sediada na Flórida. Além disso, a Lilium também prepara uma divisão especificamente para aceitar encomendas de suas aeronaves para transporte de carga ou passageiros.
A expectativa é que os clientes comecem a depositar os valores de reserva para encomendar as aeronaves a partir de 2023.
A Lilium deve, inclusive, operar no Brasil. Isso porque a Azul Linhas Aéreas já manifestou a intenção de montar uma frota de 220 aeronaves com pouso e decolagem verticais.
Estima-se que a parceria giraria em torno de US$ 1 bilhão. Caso o plano realmente se concretize, as operações começariam a partir de 2025.
Fonte: Automotive Business