Para a Associação Comercial de São Paulo, tendência é que ao final do ano as vendas alcancem o nível de 2019, período anterior ao da pandemia
O varejo da cidade de São Paulo iniciou julho de forma positiva, com alta de 7,5% nas vendas na primeira quinzena do mês, comparadas a igual período de junho. A informação é da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
A elevação é explicada pela maior movimentação nas lojas e no comércio, que aos poucos têm voltado a funcionar em horários ampliados. “Com o avanço da imunização e menos restrições ao varejo, os consumidores estão voltando a sair para fazer suas compras”, observa o economista-chefe da ACSP, Marcel Solimeo.
Mas a alta foi puxada pelas vendas à vista, que costumam ser de menor valor. Enquanto as comercializações à vista cresceram 15,4%, as vendas a prazo – normalmente de maior valor – recuaram 0,5%. A média entre esses dois modelos de vendas tem como resultado a alta de 7,5% na quinzena.
Na comparação com os quinze primeiro dias de julho de 2020 a alta média é ainda mais expressiva, de 55,2%, segundo a ACSP. As restrições atuais na cidade de São Paulo são menores quando comparadas àquelas de um ano atrás.
Mas há muito ainda o que se remar para que as vendas do varejo paulistano voltem ao nível pré-pandemia, alerta Solimeo. Pelos dados da ACSP, a comparação da primeira quinzena de julho deste ano com igual período de 2019 mostra queda média de 38,2% nas vendas.
“Temos que continuar crescendo até o final do ano para alcançar o mesmo patamar de 2019. Não vamos recuperar as perdas até aqui porque venda adiada é venda perdida, mas quanto mais tempo funcionando o comércio, maior o benefício para o varejo e para os consumidores”, diz o economista-chefe da ACSP.
Solimeo diz que a expectativa é de que haja crescimento nas vendas mês após mês. “Tudo vai depender também do ritmo da vacinação”.
Fonte: Diário do Comércio (https://dcomercio.com.br/categoria/economia/varejo-paulistano-registra-alta-de-7-5-nas-vendas-da-primeira-quinzena-de-julho)