A Toyota anunciou na quinta-feira, 26, que vai eliminar de sua gama carros com motores puramente a combustão a partir de 2040. Com a iniciativa a empresa pretende reduzir em 90% as emissões de CO2 até 2050 na comparação com os números registrados em 2010. Anunciada no Salão do Automóvel de Tóquio, a meta converge com a estratégia de outras grandes montadoras, além de estar alinhada à legislação de países como França e Reino Unido, que já impuseram prazos para eliminar carros movidos apenas a gasolina ou a diesel.
Apesar do projeto para os próximos anos, por enquanto a companhia é uma das que apresentou resultados menos consistentes na oferta de automóveis elétricos. Por outro lado, a empresa acumula anos de experiência com híbridos com o Prius. A estratégia da Toyota não é apostar apenas em motores elétricos a partir de 2040, apenas eliminar o powertrain exclusivamente a combustão.
Segundo a montadora, a aposta é diversificar e oferecer uma gama de motores mais eficientes, incluindo híbridos, elétricos e célula de combustível, atendendo a diferentes demandas e legislações ao redor do mundo. No Brasil este esforço pode se traduzir em novas formar de usar o etanol, por exemplo. Há anos a empresa cita a possibilidade de desenvolver um automóvel híbrido com um motor flex e outro elétrico.
DESENVOLVIMENTO DE BATERIAS DE ESTADO SÓLIDO
A Toyota também anunciou que vai centralizar internamente o seu projeto de baterias de estado sólido para carros elétricos. A empresa pretende dar um salto com a tecnologia e oferecer carros com autonomia muito superior aos equipados com baterias de íons de lítio. A empresa promete ainda um componente mais leve e com recarga mais rápida, com abastecimento completo em poucos minutos.
A companhia tem joint venture com a Mazda e com a Denso focada na arquitetura de carros elétricos. Ainda assim, quando se trata de baterias, o plano é manter projeto independente. A novidade ainda não tem data para chegar ao mercado, mas a expectativa é de que o primeiro carro com a tecnologia seja lançado no começo da próxima década.
Fonte: Autoomotive Business