“Qualquer associação de classe será tão forte quanto os seus membros queiram fazê-la.”

Sindipeças revisará projeções mas mantém expectativa de alta de 3% na produção

Fabricantes de autopeças debateram o setor no Seminário AutoData Revisão das Perspectivas 2025

26/06/2025

O Sindipeças revisará após o fechamento do segundo trimestre suas projeções para o ano, mas George Rugitsky, diretor de economia e mercado da entidade, antecipou durante o Seminário AutoData Revisão das Perspectivas 2025, na quarta-feira, 25, que a expectativa para a produção de veículos ficará em torno de alta de 3%, como em janeiro, o que resultará em 2 milhões 625 mil veículos fabricados no País, :

“Esse avanço de 3% era o que esperávamos no começo do ano, quando divulgamos nossa projeção, que já era mais tímida que a da Anfavea. Acredito que na revisão dos números os veículos leves vão ter um reajuste para cima, enquanto os pesados serão reajustados para baixo”. 

George Rugitsky. Fotos: Bruna Nishihata.

Para Rugitsky o crescimento, ainda que tímido, é relevante diante do cenário macroeconômico nacional, de taxa Selic em alta, chegando ao patamar de 15%, o que encarece o crédito na ponta final para os consumidores que desejam comprar um veículo 0 KM.

O cenário para as fabricantes de autopeças é diferente dependendo do segmento de atuação. No caso da BorgWarner o momento é positivo e puxado pelo lançamento de novos veículos leves equipados com os turbos que a empresa produz na fábrica de Itatiba, SP, segundo Melissa Mattedi, diretora geral da fábrica:

“Nosso primeiro trimestre foi muito bom, sendo que 15% do crescimento que registramos foi puxado pela Argentina, que teve forte expansão do mercado interno. Junto com isto os lançamentos de veículos equipados com motor turbo no Brasil nos ajudaram a conquistar bons resultados até agora”.

Melissa Mattedi. Fotos: Bruna Nishihata.

A expectativa da diretora é de que o segundo semestre siga no mesmo ritmo, com negócios aquecidos, mas o radar já está ligado para 2026, pois é necessário entender se o ritmo será mantido, mesmo com o recuo no segmento pesado, que até agora foi compensado pelo avanço dos leves.

A Cummins, que opera no segmento pesado, encara cenário diferente e ajusta sua produção de acordo com as demandas do mercado, que deverá cair 10% na comparação com 2024, principalmente pelas vendas menores dos caminhões pesados e extrapesados, disse Maurício Biadola, diretor de vendas da empresa:

Maurício Biadola. Fotos: Bruna Nishihata.

“O mercado agrícola também não está indo tão bem. Outro ponto que afeta nossos negócios é a invasão chinesa, tanto no segmento agrícola assim como no de construção. Esse movimento já é uma realidade no Brasil e na Argentina”.

Fonte: AutoData

Informes

Abrir bate-papo
SincoPeças - SP
Olá 👋
Podemos ajudá-lo?