Salão do Automóvel tem data definida e seis marcas confirmadas

Evento ocorrerá na primeira quinzena de agosto em novo formato no Autódromo de Interlagos (Por Bruno de Oliveira, AB)
Salão do Automóvel tem data definida e seis marcas confirmadas

O Salão do Automóvel de São Paulo já tem data para acontecer em 2022. O tradicional evento do setor automotivo ocorrerá entre os dias 6 e 14 de agosto, informou fonte ligada à indústria. O local, de fato, será o Autódromo de Interlagos, na capital, e até o momento seis marcas já confirmaram sua participação junto à organização.

Consta no diário oficial do município, em publicação veiculada no final de dezembro, que a Reed Exhibitions Alcântara Machado, organizadora do evento, reservou no calendário do autódromo junto à prefeitura o período de 2 a 15 de agosto para a realização do salão.

“De 2 a 6 de agosto será iniciada a montagem da estrutura no autódromo e serão realizados também eventos e solenidades junto às marcas e outros patrocinadores”, contou a fonte na quinta-feira, 27. A data foi escolhida em função de ser um mês de poucas chuvas e, também, por ser um período que antecede a Fórmula 1.

Pandemia tirou Salão de cena por 3 anos

O evento volta a ser realizado após quase quatro anos. Em 2020, antes mesmo da pandemia, o Salão do Automóvel passava por uma crise: as montadoras queriam que o evento tivesse custo mais baixo e formato mais atual. Com isso, o evento que aconteceria naquele ano foi adiado para 2021. Logo em seguida a pandemia de coronavírus ampliou o hiato da mostra.

Na sua última edição, em 2018, o Salão aconteceu no São Paulo Expo, o antigo Pavilhão de Exposições Imigrantes, à margem da rodovia Imigrantes, na zona Sul da capital. O público chegou a 750 mil pessoas, com crescimento de 4,5% sobre a edição anterior, realizada em 2016.

Existe um certo clima de expectativa em torno do evento. Afora a nova proposta da organização, que é a de tentar promover um evento familiar, com experiências ao ar livre, tem também a questão da adesão das montadoras à propposta, algo que já vinha sendo um tema de debate nas edições passadas.

No auge da mais recente crise econômica no Brasil, em 2016, foi realizado o primeiro salão no espaço do SP Expo com quase todas as fabricantes e importadoras presentes. Na edição seguinte do evento, em 2018, cinco marcas desistiram de montar seu estande.

Pressão das montadoras por custos acessíveis

Na edição que ocorreria em 2020 não fosse a pandemia, montadoras como BMW, General Motors e Toyota, por exemplo, anunciaram que não participariam naquele momento. Os altos custos envolvidos foram usados como argumento por um setor que, à época, enfrentava restrições financeiras.

“O setor gasta de R$ 250 milhões a R$ 300 milhões em um salão. É legítimo discutir se faz sentido gastar valores tão elevados em um momento que precisamos fazer grandes investimentos em novas tecnologias, redução de emissões e eficiência energética”, disse na oportunidade Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea. “É necessário fazer um evento que represente as tendências globais do setor, mas que seja mais barato.”

De acordo com a Reed Exhibitions, em 2018, o Salão do Automóvel gerou 30 mil empregos temporários e trouxe impacto positivo de R$ 320 milhões para a cidade de São Paulo, incluindo gastos de turistas e impostos arrecadados.

Procurada pela reportagem, a organizadora do evento informou que ainda não pode se pronunciar a respeito dos participantes da edição do salão de 2022.

Fonte: Automotive Business

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