Ônibus acumulam queda de 2,6%, com apenas 16,2 mil unidades em 11 meses
Segmento fechará o ano abaixo da projeção de 18,4 mil veículos feita há dois meses pela Fenabrave (Mário Curcio, para AB)
Os licenciamentos de ônibus em novembro somaram 1.371 unidades, indicando alta de 14,3% sobre outubro. Mas o acumulado do ano teve apenas 16,2 mil unidades emplacadas, um total 2,6% menor que em igual período de 2020, um ano muito ruim por causa da pandemia do novo coronavírus. Os números foram divulgados na quinta-feira, 2, pela Fenabrave, entidade que reúne as associações de concessionários.
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O resultado destes 11 meses indica que o segmento vai terminar 2021 abaixo da projeção de 18,4 mil unidades feita em outubro pela Fenabrave, a não ser que os emplacamentos de dezembro somem 2,2 mil ônibus, algo improvável, já que o melhor mês do ano (maio) teve 1,9 mil unidades licenciadas. As vendas de novembro apontaram melhora na média diária de emplacamentos, 68,5 unidades, ante 60 em outubro, mas ainda é um resultado fraco.
“Temos de contextualizar que se trata de um aumento de menos de 200 unidades sobre outubro. Acredito que teremos uma visão mais clara sobre a recuperação deste segmento apenas em 2022”, estima o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior.
Existe a expectativa por parte dos fabricantes de entregar ainda em dezembro unidades vendidas a partir de licitação para o programa governamental Caminho da Escola. Se isso ocorrer, os emplacamentos do mês tendem a superar 1,5 mil unidades.
Desde o começo de 2021 os ônibus exibem o pior desempenho da indústria automobilística por causa do adiamento de renovações de frota urbana, intermunicipais e da queda na atividade turística. Neste fim de ano o setor ganhou a companhia dos automóveis, cujas vendas no acumulado até novembro revelam queda de quase 2%. Mas neste caso não foi por falta de procura como nos ônibus, e sim pela impossibilidade de produção como consequência da falta de componentes.
Ainda de acordo com a Fenabrave, dos 16,2 mil ônibus emplacados no acumulado do ano, quase metade (49,8%) era Mercedes-Benz. O segundo lugar é da Volkswagen, com fatia de 21,5%. A terceira e quarta posições pertencem, respectivamente, a Marcopolo (17,6%) e Iveco (6,8%).
Fonte: Automotive Business