A Marelli acredita em uma vida longa dos motores a combustão no mercado brasileiro, e isso a levou a desenhar um planejamento que envolve um maior foco nas operações regionais da companhia aqui e em outros mercados emergentes, como a Índia.
Em entrevista ao site Automotive News, o CEO David Slump disse que ainda há oportunidades no segmento de veículos térmicos em países como Brasil e Índia, enquanto fabricantes trabalham para desenvolver localmente uma oferta de componentes para modelos eletrificados.
“Estamos fazendo muito mais no Brasil e na Índia, onde acreditamos que a cauda longa do trem de força a combustão continuará, enquanto mudamos para a eletrificação, digamos, na Europa”, contou o executivo durante a realização da Consumer Electronics Show (CES), em Las Vegas, nos Estados Unidos.
O planejamento, portanto, envolve a fabricação de componentes para veículos a combustão interna nesses mercados, à medida que as montadoras procuram regionalizar suas cadeias de suprimentos. Na Europa e na China, no entanto, a Marelli pretende reequipar suas fábricas para produzir peças para veículos elétricos.
Redução de uma dívida de US$ 8 bilhões
Enquanto organiza a sua produção global, a qual envolve um parque industrial formado por mais de 140 fábricas, a companhia também se reestrutura financeiramente.
De acordo com o jornal japonês Nikkei, a Marelli registrou quatro anos consecutivos de perdas, de 2018 a 2021.Já sob o controle do fundo de investimentos New York KKR, a companhia diminuiu em pelo menos US$ 3,4 bilhões uma dívida que beirava os US$ 8,3 bilhões.
A Marelli foi criada pela combinação de dois grandes fornecedores, um italiano e um japonês. A KKR concordou em comprar a Calsonic Kansei da Nissan em 2016. Em seguida, a Calsonic Kansei comprou a Magneti Marelli da Fiat Chrysler Automobiles (FCA), em 2018.
Fonte: Automotive Business






















