O presidente do Sincopeças-TO, Vicente Paulo Ribeiro, comentou que o comércio de autopeças do Tocantins não fechou as portas com a pandemia, mas registrou queda entre 10 e 20%
Em visita de cortesia, o presidente do Sincopeças-TO e também vice-presidente da Fecomércio do Tocantins, Vicente Paulo Ribeiro, reuniu-se com o presidente do Sincopeças-SP, Francisco De La Tôrre, na nova sede da entidade, no Conjunto Nacional, em São Paulo. Na oportunidade, Ribeiro detalhou a atuação do Sincopeças-TO e relatou como o setor vem enfrentando esse período de pandemia no Estado.
Diferentemente do restante do País, a partir de março o comércio de autopeças do Tocantins não sofreu com a pandemia. Segundo Ribeiro, o setor permaneceu apenas alguns dias fechado e não registrou demissões. “Isso aconteceu porque nossos governantes atenderam nosso pedido para não fechar porque o carro não pode parar, a caminhonete não pode parar, temos muitas fazendas começando suas lavouras e não fechamos em nenhum momento. Mas destaco que mantivemos protocolos, evitamos aglomerações, criamos protocolos de higiene e seguimos tudo direitinho, tranquilamente”, disse.
Apesar da ininterrupção do trabalho, Ribeiro ressaltou que a população evitou sair de casa nesse período, rodou menos com seus veículos e, automaticamente, o comércio de autopeças registrou queda de 10 a 20% no faturamento. “No entanto, o segmento de roupas, por exemplo, caiu 80%. Por outro lado, quem ganhou com a pandemia no nosso Estado foi o setor de supermercados, que está vendendo 70% mais. Tem fila para entrar no supermercado porque o auxílio emergencial do Governo Federal movimentou o setor de alimentação”, comentou.
Modernização com diversificação das atividades
No entender do presidente do Sincopeças-TO, a partir de janeiro de 2021 tudo estará normalizado. “Hoje, no meu Estado, o setor da construção civil já não encontra mão-de-obra. O saco de cimento subiu de R$ 22 para R$ 35 e o milheiro do tijolo foi de 320 para 700 reais. No setor automotivo, todo dia tem gente precisando de mecânico”, afirmou.
Como sugestão para o setor, Ribeiro acredita na modernização com diversificação das atividades. “Costumo falar que são as pequenas empresas que mais empregam no Brasil. Por isso, acredito que as pequenas autopeças, as pequenas oficinas, devem se modernizar. O empresário de uma oficina que não tem um elevador, não tem uma pistola pneumática, não tem injeção eletrônica, deve acreditar mais no seu negócio, deve prestar serviço porque a frota no Brasil é grande e tem muito carro com problema”, salientou.
Segundo Ribeiro, nos últimos 10 anos o Tocantins transformou-se em um centro de distribuição de autopeças graças à sua localização, com divisas com seis estados (Goiás, Mato Grosso, Bahia, Piauí, Maranhão e Pará), registrando a presença de grandes atacadistas que acabam concorrendo com os varejos. Conforme Francisco De La Tôrre, o Estado do Tocantins tem um protocolo de ICM que propicia vantagens tributárias com relação ao preço final das mercadorias. “Esse fator tem atraído os atacadistas e como a região tem uma grande frota linha pesada, que gera um ticket médio alto, esses atacadistas também acabam atendendo a venda a varejo da linha pesada”.
Com sede no município de Araguaína, o Sincopeças-TO atua há 10 anos, representando cerca de 250 empresas que comercializam peças automotivas. “Costumo falar que só não represento trator de esteira porque não tem pneu, mas rodou, seja trator, bicicleta, moto, empresas concessionárias, atacadista, enfim, representamos todo comércio de peças automotivas. Mas, comparado ao Sincopeças-SP ainda somos um bebê. Estamos nascendo agora e temos muita coisa a aprender”, finalizou o presidente.
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Robson Breviglieri
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