Por Mário Curcio
Para falar do sucesso da Honda CG no Brasil é preciso recordar que as motocicletas da fabricante japonesa já circulavam no Brasil pelo menos desde os anos 1960, trazidas por importadores. Com a boa aceitação dos produtos a Honda abre um escritório na Capital paulista e se estabelece como importadora e distribuidora, em outubro de 1971. Cinco anos depois, em novembro de 1976, começou em Manaus, AM, a produção da CG, que se tornaria o veículo de maior volume de produção e vendas do País, e que por mais tempo figura nesta posição.
A produção da CG 125 em Manaus foi antecipada com a proibição das importações de veículos no Brasil, em 1976, que perdurou por catorze anos. A nacionalização permitiu que a empresa e revendedores continuassem atuando no mercado brasileiro durante o período de restrição. Desde então já são mais de 15 milhões de unidades da CG fabricadas até os dias atuais. A moto supera em quase o dobro o volume do Volkswagen Gol, com 8,5 milhões de unidades em 42 anos, o Fiat Uno, 4,3 milhões em 37 anos, e também o icônico Volkswagen Fusca, 3,1 milhões de unidades em trinta anos.
Embora não haja um posicionamento oficial da Honda sobre o nome da moto a sigla CG significaria City General, ou moto urbana de uso geral. A primeira CG 125 era muito simples: tinha partida a pedal e freios a tambor. Nem por isto era barata: segundo a publicidade de lançamento, com ninguém menos de Pelé como garoto-propaganda, uma CG 125 custava a metade do carro mais barato no País na época, o Fusca, cujo preço era de CR$ 36 mil 960 em novembro de 1976. Hoje o carro mais em conta, o Citroën C3 Live vendido por R$ 73 mil 990, custa 4,5 vezes mais do que a Honda CG de entrada, a 160 Start, R$ 16 mil 440.
SINÔNIMO DE MOTO
Esta reportagem foi publicada na edição 422 da revista AutoData, de Junho de 2025. Para ler ela completa clique aqui.
Fonte: AutoData – Foto: Divulgação/Honda