Embraer entra com pedido de patente para aviões elétricos e híbridos

A Embraer solicitou nos EUA patente de duas aeronaves que pretende operar comercialmente no futuro: a E50-H2GT e a E19-H2FC. São os primeiros modelos de uma nova família de aeronaves da companhia, a Energia, que será focada em aviões movidos a combustíveis limpos.

As aeronaves foram anunciadas pela fabricante ano passado e ainda são conceitos. Elas incluem modelos completamente elétricos e híbridos:

Energia H2 Gas Turbine (E50-H2GT)
– propulsão de hidrogênio ou SAF / JetA
– redução de emissões de CO₂ em até 100%
– 35 a 50 assentos
– motores montados na parte traseira
– disponibilidade da tecnologia em 2040

Energia H2 Fuel Cell (E19-H2FC) 
– propulsão elétrica de hidrogênio
– emissões zero de CO₂
– 19 assentos
– motores elétricos montados na parte traseira
– disponibilidade da tecnologia em 2035

Energia Hybrid (E9-HE)
– propulsão híbrida-elétrica
– até 90% de redução das emissões de CO₂
– 9 assentos
– motores montados na parte traseira
– disponibilidade da tecnologia em 2030

Energia Electric (E9-FE)
– propulsão elétrica completa
– emissões zero de CO₂
– 9 assentos
– hélices contra-rotativas traseiras
– disponibilidade da tecnologia em 2035

Dos modelos, apenas o E9-FE e o H2 Fuel Cell são 100% elétricos. O primeiro usa baterias de longa duração, como a maioria dos carros elétricos BEV, e tem autonomia de 370 km carregando nove passageiros.

Já o H2 Fuel Cell, que é maior, utiliza tecnologia de células de hidrogênio. Essas células, que também são usadas em alguns modelos de carros elétricos, possuem dois eletrodos (um ânodo e um cátodo) que reagem, produzindo eletricidade. Células que utilizam apenas hidrogênio como combustível são completamente livres de emissão de gases do efeito estufa, produzindo apenas água como subproduto.

O Hybrid é híbrido, obviamente, unindo um motor elétrico a outro tradicional. E o Energia H2 Gas Turbine é um híbrido não-elétrico com uma turbina a hidrogênio e outra a gás. Para distâncias mais curtas, seria possível utilizar só o motor a hidrogênio, com o segundo motor sendo acionado para trajetos mais longos. 

O que todos esses modelos têm em comum é a adoção de combustíveis sustentáveis (SAF), o que reflete a preocupação da empresa em criar opções de aviação menos poluentes.

Fonte: Automotive Business