Por Bruno de Oliveira
O Chevrolet Tracker chegou pouco renovado em sua linha 2026, mas isso não significa que a General Motors deixou de promover melhorias onde o SUV precisava.
Nos cerca de 200 quilômetros percorridos pela reportagem entre Confins e Ouro Preto, em Minas Gerais, em trechos urbanos e de serra, foi possível perceber que a GM melhorou onde deu.
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Explico: o Tracker lançado em 2021 foi um projeto desenvolvido em meio à pandemia, de modo que muitos processos de validação e testes acabaram sofrendo atrasos e isso afetou de alguma forma o produto final.
Pilares como acabamento, calibragem de suspensão e o design sóbrio demais na comparação com a concorrência viraram alvo de algumas críticas dos consumidores.
Pandemia atrasou o cronograma de desenvolvimento
Apesar do preço atrativo, o SUV compacto não conseguiu decolar tanto em vendas. Os dados do Renavam mostram uma sexta posição entre os mais vendidos na categoria, no primeiro semestre. Na lista geral, 11º lugar.
O problema é que os atrasos vistos na época da pandemia também afetaram o cronograma de desenvolvimento do primeiro facelift do modelo. O tempo era curto e a montadora, então, concentrou os esforços nesses três pilares.
Começando pela suspensão, a avaliação foi de que o Tracker 2025 tem um balanço mais confortável do que a sua versão anterior.
O veículo pareceu mais acertado nesse sentido nas exigentes – e esburacadas – curvas da serra que liga Itabirito a Ouro Preto. A calibragem que a montadora fez na direção elétrica também colaborou no desempenho. O Tracker 2025 é mais dócil.
Na cabine, bancos mais confortáveis

A respeito do acabamento interno, há coisas novas em algumas versões, como revestimento soft touch no console e luzes nas portas.
Mas o destaque fica para os bancos, que receberam novos materiais em sua composição. Em linhas gerais, há pontos onde a espuma é mais rígida, e em outros ela é mais macia. Isso, de fato, os tornam mais agradáveis, principalmente em longos percursos.
Na parte externa, a dianteira ficou, digamos, mais atual: entradas de ar na frente dão a possibilidade do arrasto do carro ser menor. O novo conjunto de faróis, mais finos, seguem a tendência do mercado vista nos modelos rivais.

No mais, a motorização segue praticamente a mesma vista na versão anterior, com o 0,5 cv a menos para enquadrar o veículo no escopo do IPI Verde.
Nos trechos urbanos de Belo Horizonte, o veículo atende bem em torque e ruído, muito baixo por sinal. Na estrada, por outro lado, o turbo demora um certo tempo para “encher” em situações que exigem retomada de potência.
O Chevrolet Tracker mudou pouco, mas melhorou onde precisava. A ver se, com mais tempo, a montadora conseguirá fazer com que o modelo chegue em sua próxima geração mais atrativo na esteira de mudanças mais robustas.