A indústria automotiva está passando por uma revolução tecnológica, impulsionada pela busca por mais segurança. Nesse sentido, novos dispositivos eletrônicos e sistemas inteligentes estão transformando a forma como os veículos interagem com seus condutores e o ambiente ao redor.
Freios automáticos, sensores de proximidade e assistentes de direção são algumas das inovações. Elas vêm reduzindo significativamente os riscos de acidentes e aumentando a proteção dos ocupantes.
Um avanço notável na segurança veicular é o sistema de frenagem automática de emergência. Essa tecnologia usa sensores para detectar obstáculos à frente e pode acionar os freios, caso o motorista não reaja a tempo.
Em uma pesquisa, a Partnership for Analytics Research in Traffic Safety (PARTS) revelou que os sistemas de frenagem automática de emergência (AEB) reduziram colisões traseiras em até 52% nos modelos mais recentes de veículos, tornando-se um aliado essencial na prevenção de acidentes.
Este estudo, divulgado em 27 de janeiro de 2025, analisou dados de 98 milhões de veículos e de 21,2 milhões de acidentes. Além disso, muitos veículos modernos já contam com sistemas que monitoram o tráfego ao redor e alertam sobre a proximidade de outros automóveis, evitando colisões laterais ou em cruzamentos.
Os sensores de ponto cego auxiliam motoristas a mudarem de faixa com mais segurança, emitindo alertas caso outro veículo esteja próximo. Já as câmeras de ré e os sensores de estacionamento ajudam a reduzir acidentes em manobras.
Outra tecnologia que vem ganhando espaço é a detecção de fadiga do motorista. Ela identifica padrões de condução perigosos e sugere pausas para descanso, prevenindo acidentes relacionados a cansaço.
Entretanto, algumas tecnologias apresentam riscos. Por exemplo, os painéis automotivos passaram a ser dominados pela tecnologia touchscreen, substituindo os botões físicos. Segundo a Euro NCAP, um programa de avaliação de automóveis, essas telas são influenciadas pelos smartphones e podem representar um risco à segurança, pois tiram a atenção dos motoristas.
Portanto, o órgão determinou que veículos com excesso de comandos táteis terão no máximo quatro estrelas na classificação de segurança. Em resposta a essa mudança, as montadoras já estão retomando o uso de botões tradicionais em seus modelos.
Ademais, um estudo holandês publicado pela Transportation Research avalia a real eficácia dos equipamentos de segurança automotivos. Ele mostra que algumas tecnologias aumentam o número de acidentes de trânsito, principalmente as que priorizam o conforto.
Para fins de comparação, o assistente de permanência em faixa ajudou a reduzir as colisões em 19,1%. Em contrapartida, tanto o controle de cruzeiro adaptativo quanto o controle de cruzeiro resultaram em um aumento nos acidentes, de 8% e 12%, respectivamente.
Estes dois últimos sistemas tornam a condução mais confortável. Eles permitem manter uma velocidade constante, sem que o motorista precise acionar o freio o tempo todo, além de preservar uma distância segura do veículo à frente.
Por isso, além de contar com inovações tecnológicas, é fundamental que os motoristas adotem medidas adicionais de proteção, como manter a manutenção do carro em dia e dirigir de forma responsável.
Nesse contexto, considerar formas de proteção pessoal também se torna essencial. Desse modo, uma das precauções mais recomendadas é contratar um seguro de vida, garantindo amparo financeiro para a família em caso de acidentes graves. Afinal, mesmo com todas as melhorias tecnológicas, imprevistos podem ocorrer.
Além disso, apesar desses avanços como sensores e freios automáticos, é importante lembrar que eles não eliminam totalmente os riscos. Isso porque falhas mecânicas, condições climáticas adversas e outros fatores externos podem comprometer a segurança mesmo nos veículos mais modernos.