“Qualquer associação de classe será tão forte quanto os seus membros queiram fazê-la.”

6 fatos sobre diversidade e ESG em 2025

Pesquisa indica evolução dentro das empresas, mas ainda há muito a ser feito

07/07/2025

Por Natália Scarabotto

Automotive Business, em parceria com a MHD Consultoria, lança na sexta-feira, 4, a 5ª edição da pesquisa Diversidade e ESG no Setor Automotivo, que traz um panorama das duas agendas com foco nos avanços, retrocessos e prioridades das empresas no tema, além do perfil dos colaboradores e da liderança.

O estudo foi feito com 31 empresas de diversas áreas, a maioria montadoras. A pesquisa analisa e compara os dados com as edições do estudo de 2019, 2021 e 2023.

Para você ficar por dentro do tema, separamos 6 fatos sobre diversidade e ESG no setor automotivo que foram revelados na pesquisa.

1. 70% do setor está maduro em diversidade

O setor automotivo está mais maduro em diversidade. Em 2019, apenas 12% das empresas se consideravam avançadas ou maduras nessa agenda. Em 2025, esse número saltou para 70%.

As empresas automotivas têm implementado ações e programas de diversidade, além de metas para o quadro geral de funcionários e para a liderança para avançar com o tema.

Dentro da diversidade, os eixos de gênero e Pessoas com Deficiência (PcDs) são os mais estruturados. O grande desafio agora é manter a sustentabilidade da agenda e não retroceder.

2. Eixo LGBQTI+ é o único que teve retrocesso

O eixo LGBQTI+ é o mais alarmante dentro da diversidade porque teve um retrocesso significativo. De 2023 para 2025, as empresas que realizavam ações e programas diminuiu de 46% para 27%.

A falta de programas e metas para atração de talentos reflete na ausência desses profissionais nas empresas automotivas. Apenas 2% dos colaboradores do setor são LGBQTI+ e só 1% chega à liderança. As pessoas trans estão ainda menos representadas: são ínfimos 0,33% do setor.

3. Mulheres superam homens nos cargos de entrada, mas só 20% está na liderança

Os cargos de entrada continuam os mais equilibrados entre homens e mulheres no setor automotivo em 2025. Pela primeira vez desde 2017, as mulheres superaram os homens nas posições de trainee ou estagiário.

A participação feminina cai bruscamente a partir do quadro funcional, e diminui gradativamente nas posições de liderança, da gerência ao conselho. As mulheres são 20% da liderança do setor, e as mulheres negras são apenas 1%.

4. Pessoas negras estão nos cargos de entrada, 2% chega à alta liderança

A desigualdade entre pessoas brancas e negras dentro do setor desenha um funil hierárquico, no qual há maior concentração de pessoas negras (39%) nos cargos de entrada, de aprendiz, trainee ou estagiário.

Nos cargos de supervisão até direção, a participação negra fica em torno de 12%.

Já nos cargos de alta liderança (presidência e conselho) a predominância branca chega em torno de 98% das cadeiras, enquanto pessoas negras são apenas 2%.

5. 71% das empresas têm agenda ESG, por exigência das matrizes

O setor automotivo está comprometido com o tema de ESG e prova disso é que 71% das empresas têm uma agenda definida, com programas, objetivos e metas.

Apenas 3% dos pesquisados disseram não ter iniciativas ou ações em ESG.

Outra boa notícia é que as empresas se autoavaliaram no estágio avançado nos pilares de meio ambiente (E) e governança (G). No pilar de impacto social (S), as empresas estão o estágio inicial e intermediário.

O tema mais urgente da agenda ESG para o setor é a redução da pegada de carbono, pressionada pela crise climática e endurecimento das legislações para a redução da poluição do transporte.

As empresas admitem, no entanto, que a principal motivação da agenda ESG são as metas estabelecidas pelas matrizes estrangeiras.

6. Setor diminuiu a desigualdade salarial entre homens e mulheres

Uma boa notícia é que o setor diminuiu a desigualdade salarial entre homens e mulheres. No estudo de 2025, a diferença salarial foi observada apenas na direção, presidência ou vice-presidência.

O salário de ambos está equiparado nos cargos de aprendiz até a gerência.

O que chama a atenção, no entanto, é que na alta liderança a diferença salarial é gritante. O maior salário de um homem do setor é R$ 163 mil, enquanto a mulher mais bem paga ganha R$ 80 mil – uma diferença de 104%.

Fonte: Automotive Business

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