Por Alzira Rodrigues
Do Rio de Janeiro
Apesar de manter segredo sobre a data exata da sua entrada no mundo da eletrificação com produtos regionais, a Volkswagen confirmou uma versão híbrida da nova Amarok que será produzida na Argentina e tem previsão de lançamento em 2027.
Em entrevista concedida a um pequeno grupo de jornalistas antes do evento The One, durante o qual a empresa premiou seus principais fornecedores na noite de quinta-feira, 14, no Rio de Janeiro, o chairman da Volkswagen para a América do Sul, Alexander Seitz, revelou que na nova geração da picape terá várias versões.

“A participação do modelo hoje é pequena porque só temos uma opção com o motor V6, de 258 cv, o que limita seu alcance. Com o investimento na nova Amarok vamos ampliar o portfólio e ter novas motorizações, incluindo uma híbrida”, garantiu o executivo, negando-se a adiantar se será uma híbrida-flex, também a etanol, ou só gasolina.
LEIA MAIS
→Seitz, da Volkswagen: “América do Sul é a que mais cresce”.
É sabido que a montadora investe no desenvolvimento de modelos híbridos inclusive no Brasil, mas até o momento a empresa não tinha revelado em quais modelos da marca a tecnologia será inicialmente incorporada.
Apesar de ser definido como um carro latino-americano, a nova picape a ser produzida na fábrica de Pacheco, no país vizinho, tem desenvolvimento em parceria com a chinesa SAIC.
“Vamos transformar um carro deles (dos chineses) em um produto ideal para um mercado picapeiro como é o da Argentina. Vamos adaptar chassis, dinâmica, performance e design”, explicou Seitz, informando ainda que parte das autopeças virão da China.
Atualmente, o motor da Amarok vem da Europa e não se descarta trazê-lo do país asiático. Mas isso ainda não está definido, segundo o chairman: “Por ser Mercosul, precisamos ter programa de localização, que é de 35% numa primeira fase e na sequência de 50%”.
Sobre projetos de localização de peças na região, comentou que o mais difícil ainda é a parte de eletroeletrônicos. Mas como outros fabricantes também investem em híbridos na região, ele acredita em tendência de começar a ter investimentos em produção desses componentes.
A Volkswagen anunciou este ano investimento de US$ 580 milhões na Argentina, perto de R$ 4 bilhões, totalizando aporte de R$ 20 bilhões na região.
A fábrica de Pacheco atualmente produz apenas a Amarok, que tem mais da metade da sua oferta destinada à exportação, principalmente para o Brasil. O SUV Taos, antes fabricado lá, agora vem do México.
Fonte: AutoIndústria Fotos: Divulgação/VW