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São Paulo ganha mais ônibus elétricos e frota chega a 640 veículos

Prefeitura passa longe de cumprir a meta que havia sido estabelecida para dezembro de 2024

23/07/2025

Por Victor Bianchin

A Prefeitura de São Paulo anunciou a entrega de 120 novos ônibus elétricos, o que leva a frota desses veículos a um total de 640 na capital paulista. Ao somar os trólebus, a cidade agora tem 841 veículos movidos a energia elétrica – o equivalente a apenas 6,3% do total.

Os novos veículos serão operados por diferentes empresas e circularão nas zonas Noroeste, Oeste, Norte e Sul da cidade. São equipados com ar-condicionado, tomadas USB para recarga de dispositivos móveis e wi-fi gratuito.


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Apesar dessa chegada, a Prefeitura está atrasada na entrega das composições elétricas. A administração anterior, de Bruno Covas, e a atual de Ricardo Nunes, havia prometido ter 20% da frota eletrizada (cerca de 2,6 mil ônibus) até dezembro de 2024 – promessa que não foi cumprida.

Em dezembro do ano passado, após ser eleito para um novo mandato, Nunes refez a promessa, agora com prazo para o fim de 2028.

Prefeitura culpa infraestrutura por frota de ônibus elétricos distante das promessas

Um dos motivos alegados para a demora na chegada de novos ônibus elétricos, segundo a Prefeitura, é a falta de infraestrutura, que precisa ser fornecida pela concessionária de energia elétrica, Enel.

Esse argumento foi apresentado por Nunes em abril, quando a Prefeitura entregou 115 ônibus. Em março, foi revelado que há ônibus elétricos parados porque as garagens não têm estrutura para sua recarga sem comprometer o fornecimento para o bairro.

“A Enel cobra uma fortuna das empresas de ônibus para poder fazer a instalação da energia e mesmo assim ela não consegue fazer essas ligações conforme a necessidade da frota […] É uma empresa irresponsável, que não faz a ligação de energia nas garagens. Então a gente não tinha sequer como fazer o atendimento dos 20% por conta da falta de ônibus e de energia”, acusou Nunes no evento de apresentação dos ônibus, que aconteceu na Praça Charles Miller.

Em entrevista ao site G1, a Enel respondeu que é responsável somente pela infraestrutura externa (ou seja, não pelas garagens) e que tem atendido toda demanda de infraestrutura elétrica planejada pelos operadores de ônibus. “Desde 2024, a companhia entregou 44 MW de energia a 20 garagens de ônibus, energia capaz de abastecer pelo menos 900 ônibus. Até o fim do ano, serão mais 44 MW, já contratados pelas empresas, que possibilitarão o abastecimento de um total de ao menos 1.980 ônibus elétricos”, disse a concessionária em nota enviada ao site de notícias.

Mesmo carente dos avanços prometidos, a capital paulista ainda é a cidade com a maior frota elétrica do Brasil, abrangendo 80% dos veículos desse tipo no país. Segundo os dados da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte, São Paulo contava com 13.336 ônibus em junho, distribuídos em mais de 1.300 linhas. Sete milhões de passageiros usam as composições todos os dias.

Fonte; Automotive Business

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