Por Victor Bianchin
Entre janeiro e junho de 2025, as fabricantes de bicicletas do Polo Industrial de Manaus (PIM) produziram 180.533 desses veículos, volume que é ligeiramente menor que no ano anterior (-1,6%), mas que traz uma novidade: as bikes elétricas estão em pleno crescimento.
Foram 18.223 unidades produzidas, volume 122,6% superior ao registrado no primeiro semestre de 2024. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo).
“No acumulado do ano, as bicicletas elétricas já representaram 10,1% do volume total produzido, ocupando a quarta posição entre os modelos mais fabricados no Polo Industrial de Manaus. Atualmente, as associadas oferecem 45 modelos ao consumidor”, afirmou, em comunicado, o vice-presidente do segmento de bicicletas da entidade, Fernando Rocha.
A mountain bike (MTB) foi a categoria mais produzida no primeiro semestre. No total, foram fabricadas 94.386 unidades, o que representa 52,3% do volume total.
Ao somar todas as categorias, no mês de junho, isoladamente, foram fabricadas 30.292 unidades — uma retração de 1,8% em relação ao mesmo mês de 2024 e de 4,2% na comparação com maio.

Com 100.689 unidades e 55,8% do volume total fabricado, a região Sudeste foi a que mais recebeu bicicletas produzidas no PIM no primeiro semestre. Em segundo lugar, ficou o Sul (com 14,7% da fabricação), seguido por Nordeste (13%), Centro-Oeste (10%) e Norte (6,5%).
A projeção da Abraciclo para 2025 é de atingir 320 mil unidades produzidas. Caso o número se confirme, ainda será menor que as 351,4 mil unidades produzidas em 2024 e não chegará à metade das 749,3 unidades fabricadas em 2021.

Essa queda gradativa da produção de bicicletas no país se deve, principalmente, ao fim da pandemia de Covid-19. Após o pico de procura registrado durante o período de isolamento social, as fabricantes acumularam estoque, diminuindo a produção para compensar.
Além disso, a crise econômica do país, que se estende desde 2014, e a fragilidade da indústria local, que não conta com proteção tarifária suficiente e nem apoio estatal forte, contribuem para esse colapso.
Fonte: Automotive Business