A pauta ESG, de meio ambiente, sustentabilidade e governança corporativa, deixa de ser apenas um debate nas empresas automotivas e ganha força estratégica. Essa é uma das conclusões do 8º Fórum da Qualidade Automotiva, promovido pelo IQA – Instituto da Qualidade Automotiva na terça-feira, 20, em São Paulo.
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“Não há como fugir dessa agenda como cidadãos e, como empresas, precisamos trazer métricas e uma visão holística desses três eixos (meio ambiente, sustentabilidade e governança) para cada ação e frente de negócio”, declarou no evento Carlos Lacava, gerente diretoria de engenharia e qualidade ambiental da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo).
Para Otacílio do Nascimento, diretor da Fundação Toyota, a diferença entre o trabalho das empresas em sustentabilidade até então e o atual momento, com a ascensão do ESG, está nessa integração do tema. Além da visão holística para cada iniciativa ou produto, a pauta não é só mais gerida por uma área específica.
“A agenda ESG é responsabilidade de todos os funcionários e partes interessadas no negócio, desde o porteiro da fábrica até os concessionários responsáveis pelas nossas cerca de 300 revendas, fornecedores e outros elos”, destaca.
Como mensurar a evolução em ESG
Priscila Rocha, executiva de sustentabilidade da Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO), compartilhou a jornada da companhia na pauta. A executiva reforçou que o tema está longe de ser uma moda passageira e que o objetivo é fazer com que as empresas gerem mais do que receitas e lucratividade aos próprios acionistas.
“Como sociedade, temos uma série de desafios como o aquecimento global e o aumento do número de pessoas abaixo da linha da pobreza. De alguma forma, as organizações precisam gerar um valor que vá além do financeiro e contribuir com a solução dessas questões”, aponta.
Ela conta que, na VWCO, o trabalho em ESG é apoiado nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU (Organização das Nações Unidas). Segundo Priscilla, o documento traz 169 metas, que a companhia trabalha em sua atividade, desenvolvendo assim suas próprias métricas.
Entre as frentes de atuação da empresa quando se trata de ESG, estão desde a descarbonização dos veículos vendidos pela marca, até a promoção da diversidade e da inclusão entre os funcionários, passando por economia circular, proteção do meio ambiente, entre outros temas.
“A grande vantagem da agenda ESG é que ela nos traz critérios para que possamos, de fato, medir a sustentabilidade”, resume, garantindo que o tema veio para ficar. Nascimento, da Toyota, acrescenta: “Além de tudo, ESG passa a ser uma agenda essencial à qualdiade automotiva, para a sustentabilidade futura das empresas e suas soluções”.
Fonte: Automotive Business






















