Mesmo com todos os percalços impostos pela pandemia, a Dispemec inaugurou mais duas unidades: uma em Jacareí, em 2019, e outra em Caçapava, em novembro de 2021. Ao todo são quatro lojas, somando as duas que já existiam em São José dos Campos, estrategicamente localizadas na região central (matriz), no Jardim São Dimas, e na zona leste, no bairro da Vila Industrial. Todas elas no Vale do Paraíba (SP).
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“Nós depositamos todas as nossas forças nessas novas frentes de trabalho, que estão funcionando bem, graças a Deus, mas não na proporção que investimos e que estamos aguardando. Finalizamos dezembro de 2021 com muitas expectativas e nós já nos deparamos com essa situação, novamente, da mutação da Covid. Ao lojas da região estão vazias. É um cenário desafiador”, diz Celso Caires Jr., diretor Executivo.
Mas inovação foi o que não faltou. Eles criaram novas formas de pagamento na pandemia, opções para tentar acessar o cliente que deixou de ir à loja e um sistema drive-thru que deu muito certo. “Quando tivemos que ficar com as portas fechadas, potencializou muito o delivery que já tínhamos. Já o drive-thru, que criamos no nosso estacionamento, foi um grande alívio para nós. Uma inovação emergencial que acabou sendo consolidada e os clientes gostaram bastante”.
O que ele sente falta mesmo é do movimento na loja. “No final das contas, a gente tem um crescimento, um desenvolvimento e um amadurecimento em cima disso tudo. Mas, sinto falta daquele movimento na loja, com filas de pessoas e até gente buzinando no estacionamento”.
Marcas
Fundada por seu pai (Celso Caires) e hoje na segunda geração, ao lado da sua irmã (Grazielli), a Dispemec é uma empresa tradicional e consolidada na região. Tem 100 funcionários, incluindo os terceirizados, e cerca de 20 mil itens, incluindo peças e acessórios. Também com a pandemia, Caires conta que houve uma grande mudança na fidelização das marcas.
“Sempre tivemos algumas marcas de preferência, trabalhamos sempre com os produtos originais, mas com a falta de peças, como, por exemplo, de itens básicos da “curva A”, nós tivemos que comprar marcas alternativas. Ainda continua faltando bastante e a nossa opção e até a nossa saída têm sido as marcas alternativas para atender o consumidor”.
Uma situação que, segundo ele, muda a relação com o fornecedor. “Ainda está muito incerto, porque a empresa que não faltava a entrega passa a faltar, a que tinha uma regularidade não tem mais. A imprevisibilidade parte da ponta, do início da cadeia, e todo mundo acaba sofrendo um pouco com isso. Você não consegue manter uma fidelidade com determinada marca ou parceiro”.
Adequação
Para Caires, um dos grandes desafios é o time na digitalização do modelo de negócio. “Muitos mecânicos continuam no formato convencional, ao mesmo tempo em que o consumidor passou a se acostumar a comprar pelo digital. O grande desafio para nós tem sido se adequar a esse novo modelo de consumo. Temos receio de fazer algo, isso gera ansiedade e as coisas não têm voltado ao normal na velocidade que nós esperávamos”, conclui.
Fonte: Balcão Automotivo