Meios de pagamento digitais não são explorados pelo empreendedor paulista

Ferramentas como o Tap on Phone e o WhatsApp Business são desconhecidas de grande parte dos micro e pequenos negócios do Estado de São Paulo, mostra pesquisa da Fiserv em parceria com o Sebrae-SP
Meios de pagamento digitais não são explorados pelo empreendedor paulista

Pesquisa feita pela empresa de tecnologia financeira Fiserv em parceria com o Sebrae-SP mostra que os meios de pagamento digitais, como o Tap on Phone e o WhatsApp Business, ainda são pouco explorados pelos pequenos negócios paulistas. Por outro lado, o Pix vem ganhando aceitação. 

Dos 1.308 empreendedores entrevistados para o levantamento, apenas 8% utilizam o WhatsApp Business para aceitar pagamentos por WhatsApp. Para 35% deles, o app é desconhecido, enquanto 25% estão cientes e têm a intenção de utilizá-lo. Outros 31% conhecem, mas não têm planos de adotá-lo.

No caso aplicativo Tap on Phone, que transforma celular em maquininha de cartão para pagamento por aproximação, 58% dos entrevistados afirmaram desconhecer a ferramenta. Já entre os 41% dos empreendedores têm conhecimento dessa solução, apenas 3% a utilizam. 

O uso das carteiras digitais também é limitado entre os pequenos negócios. No que diz respeito ao QR Code, 94% dos respondentes têm conhecimento dessa funcionalidade, embora apenas 41% a utilizem com frequência. 

PIX

Essa realidade muda com relação ao Pix. Do total de entrevistados, 66% afirmaram já usar esse meio de pagamento no formato estático (quando o varejista exibe uma chave ou QR code para pagamento). No caso do QR Code dinâmico, que é gerado aleatoriamente pela maquininha, a utilização cai para 51% dos empreendedores entrevistados. 

Esses percentuais colocam o Pix atrás apenas dos cartões de crédito (98%) e débito (96%), que continuam a ser os meios de pagamento mais aceitos. 

Mas a ferramenta de pagamento do Banco Central já aparece à frente das transferências bancárias (47%), boletos (32%), vouchers (9%) e do dinheiro em espécie, que aparece por último na lista, sendo aceito por apenas 3% dos empreendedores entrevistados em todo o Estado de São Paulo.

No caso do Pix, um contraste interessante notado pela pesquisa é o fato de que no interior do Estado o modelo estático ganhar ainda mais relevância, sendo oferecido por 81% dos empreendedores, enquanto o dinâmico cai para 40%. 

MAQUININHAS

Em relação ao número de maquininhas utilizadas pelos estabelecimentos, 38% dos entrevistados usam uma única maquininha de cartão, enquanto 40% operam com duas. Três maquininhas foi o número relatado por 11% dos estabelecimentos, e somente 5% têm quatro equipamentos. 

Economia e a praticidade definem qual maquininha os empreendedores irão escolher. A maioria dos entrevistados escolhem maquininhas pela “melhor taxa” (55%), seguidas pela “isenção de mensalidade conforme faturamento” e “aceitação de todos os tipos de pagamento necessários” (ambos 29%). 

Também valorizam “taxas personalizadas” (25%) e “atendimento rápido” (22%), buscando eficiência e flexibilidade nas transações.

ANTECIPAÇÃO DE RECEBÍVEIS

Entre os entrevistados, a maioria dos empreendedores (61%) escolhem fazer a antecipação das vendas feitas por maquininhas de cartão. Dentro desse grupo, 44% escolhem a opção de antecipação automática, enquanto 17% preferem solicitá-la eventualmente. A opção de pagamento oferecida diretamente pela maquininha é escolhida por 47% dos respondentes, com 20% deles disponibilizando essa opção de forma constante.

O levantamento também mostra que 31% dos negócios gerenciam suas operações e fazem conciliação por meio de aplicativo da maquininha de cartão. Enquanto 39% desconhecem essa opção, 13% conhecem e planejam usá-la, e 14% conhecem, mas não têm intenção de adotá-la.

Dos 1.308 empreendedores paulistas entrevistados para o estudo, 69% eram microempresas (MEs) e 31% empresas de pequeno porte (EPPs). 

Fonte: Diário do Comércio – Imagem: Visa/divulgação

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