O comércio tem, na Logística Reversa de lâmpadas, a oportunidade de cativar clientes e de aumentar as vendas, além de atender a legislação. Para falar sobre o tema, Cristiane Cortez, assessora do Conselho de Sustentabilidade da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), participou como convidada na live “A importância da participação do comércio na logística reversa”, da série Papos que iluminam, promovida pela Associação Brasileira para a Gestão da Logística Reversa de Produtos de Iluminação (Reciclus), transmitida nesta terça-feira (7).
“Um dos desafios está em acabar com alguns ‘fantasmas’ que sondam o assunto, sendo o principal o relacionado a aumento de custos. O comerciante precisa apenas assinar um contrato de parceria com a Reciclus, ceder um pequeno espaço e treinar ao menos uma pessoa da equipe da loja para que ela possa orientar o consumidor sobre o coletor e o descarte correto de lâmpadas”, detalhou Cristiane, na conversa divulgada pelo Instagram da associação.
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A assessora ainda ressaltou as vantagens de ter o coletor na loja, uma vez que, com o consumidor dentro do estabelecimento para o descarte do resíduo, há grandes chances de vender mais.
Cristiane também falou de outros benefícios ao comércio que adere ao serviço de logística reversa de resíduos:
*criação de uma imagem sólida e responsável perante os consumidores;
*elaboração de ações de marketing vinculadas à logística reversa;
*atração de novos clientes mais conscientes e engajados com a sustentabilidade, que darão preferência para estabelecimentos que contem com o coletor;
*promoções estratégicas para o descarte do produto.
Responsabilidade e fiscalização
O entendimento sobre a importância e os benefícios da Logística Reversa de lâmpadas e outros produtos facilitaria o avanço do sistema em cidades do interior, conforme aponta Andréa Nista Richter, gerente de Relacionamento do Sindicato do Comércio Varejista de Material de Construção, Maquinismos, Ferragens, Tintas, Louças e Vidros da Grande São Paulo (Sincomavi).
“O comerciante, ainda mais de pequenas cidades, muitas vezes não entende que a Logística Reversa é uma responsabilidade que precisa ser cumprida, sob pena de autuação”, lembra Andréa, que ainda cita o Decreto 61.082/2022, de 17 de fevereiro deste ano, que amplia a competência para a fiscalização e a autuação de infrações administrativas, de questões ambientais cometidas na capital paulista, à Guarda Civil Metropolitana (GCM). E o Procon Ambiental que atua em todo o estado.
Este é mais um motivo para que os comerciantes do segmento regularizem a situação, pois, além das penalizações administrativas, as infrações podem resultar em multas que variam entre R$ 500 e R$ 50 milhões.
Plataforma que beneficia o comerciante
O sistema de Logística Reversa de lâmpadas foi instituído pelo Acordo Setorial, celebrado em 27 de novembro de 2014 entre a União, por intermédio do Ministério do Meio Ambiente, e de entidades signatárias. A partir disso, houve a criação da entidade gestora, a Reciclus.
A FecomercioSP atua na disseminação deste sistema de logística reversa em colaboração com a expansão do sistema, visando a atingir as metas do Acordo Setorial e auxiliar os comerciantes no cumprimento da obrigação prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instruindo sobre o sistema e as formas de adesão.
Para saber mais, acesse: https://www.fecomercio.com.br/projeto-especial/logistica-reversa.
Fonte: FecomercioSP