{"id":60504,"date":"2024-02-20T18:40:37","date_gmt":"2024-02-20T21:40:37","guid":{"rendered":"https:\/\/portaldaautopeca.com.br\/?p=60504"},"modified":"2024-02-20T18:40:40","modified_gmt":"2024-02-20T21:40:40","slug":"por-que-o-cade-questionou-a-lei-renato-ferrari","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/portaldaautopeca.com.br\/noticias\/local\/por-que-o-cade-questionou-a-lei-renato-ferrari\/","title":{"rendered":"Por que o Cade questionou a Lei Renato Ferrari?"},"content":{"rendered":"\n
Por Bruno de Oliveira<\/em><\/p>\n\n\n\n O processo que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF)<\/strong><\/a> que envolve a Lei Renato Ferrari foi baseado em uma nota t\u00e9cnica produzida pelo Conselho Administrativo de Defesa Econ\u00f4mica, o Cade, em setembro de 2022. \u00c9 ela que alega que h\u00e1 pontos inconstitucionais no texto, o qual est\u00e1 sendo analisado pelo supremo.<\/p>\n\n\n\n “A Lei representa uma interven\u00e7\u00e3o direta indevida do Estado na economia, gerando limita\u00e7\u00f5es \u00e0 liberdade de empresas e consumidores. Restri\u00e7\u00f5es verticais previstas na lei podem ter efeitos concorrenciais e econ\u00f4micos positivos e negativos, portanto devem ser avaliadas caso a caso a fim de se aferir seus resultados l\u00edquidos”, inicia a nota.<\/p>\n\n\n\n “A Lei Ferrari pode ser usada como justificativa legal para pr\u00e1ticas abusivas relacionadas a restri\u00e7\u00f5es verticais nos mercados de distribui\u00e7\u00e3o de ve\u00edculos, dificultando a a\u00e7\u00e3o da autoridade antitruste. Sugere-se a revis\u00e3o da Lei Ferrari no sentido de adequar o setor ao ambiente de livre concorr\u00eancia e liberdade econ\u00f4mica”, completa o texto inicial divulgado pelo Cade \u00e0 \u00e9poca.<\/p>\n\n\n\n SAIBA MAIS: S\u00e3o tr\u00eas os pontos principais que o Cade questiona e aponta como nocivos \u00e0 economia, os quais, segundo a nota t\u00e9cnica, ferem a livre concorr\u00eancia e poder de escolha do consumidor<\/p>\n\n\n\n O primeiro deles \u00e9 a venda direta. A an\u00e1lise do departamento de estudos do conselho expressa na nota t\u00e9cnica que os moldes tradicionais de vendas, centralizados na figura da concession\u00e1ria por meio da Lei Ferrari, j\u00e1 n\u00e3o se adequa \u00e0s caracter\u00edsticas do mercado, nem \u00e0s necessidades dos consumidores atuais.<\/p>\n\n\n\n “\u00c9 necess\u00e1rio reconhecer que em um per\u00edodo de dez anos, h\u00e1 uma tend\u00eancia de mudan\u00e7a no sentido da amplia\u00e7\u00e3o das vendas diretas de ve\u00edculos automotores no Brasil, o que significa que agentes do mercado est\u00e3o procurando e encontrando alternativas para comprar e vender ve\u00edculos que n\u00e3o s\u00e3o necessariamente realizadas nos moldes tradicionais, mediante a intermedia\u00e7\u00e3o de uma rede concession\u00e1ria, como previsto na Lei”, diz a nota.<\/p>\n\n\n\n A equipe do Cade n\u00e3o prop\u00f5e textualmente altera\u00e7\u00f5es no trecho da lei que versa sobre as vendas diretas, mas mostra que em outros mercados, como os Estados Unidos e Uni\u00e3o Europeia, h\u00e1 exemplos em que a modalidade comercial foi adotada com uma certa flexibilidade.<\/p>\n\n\n
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– STF pode mudar o futuro das concession\u00e1rias de ve\u00edculos no pa\u00eds?<\/a>
– Montadoras e concession\u00e1rias discutem venda direta ao consumidor final<\/a><\/strong><\/p>\n\n\n\n
\n\n\n\nVenda direta de ve\u00edculos como tend\u00eancia<\/h2>\n\n\n\n