{"id":59767,"date":"2024-01-29T16:28:00","date_gmt":"2024-01-29T19:28:00","guid":{"rendered":"https:\/\/portaldaautopeca.com.br\/?p=59767"},"modified":"2024-01-29T18:05:21","modified_gmt":"2024-01-29T21:05:21","slug":"carro-eletrico-encara-hora-da-verdade","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/portaldaautopeca.com.br\/noticias\/local\/carro-eletrico-encara-hora-da-verdade\/","title":{"rendered":"Carro el\u00e9trico encara hora da verdade"},"content":{"rendered":"\n

Impulsionada por pol\u00edticas de Estado que combinam legisla\u00e7\u00e3o impositiva da tecnologia e incentivos p\u00fablicos na Europa, China e com menos intensidade tamb\u00e9m nos Estados Unidos, a corrida para os carros el\u00e9tricos provocou um r\u00e1pido crescimento da frota em mercados incentivados e com isto os problemas come\u00e7am a aparecer no mundo real das leis de mercado, nem sempre aderentes ao pensamento de legisladores e eletroativistas.<\/p>\n\n\n\n

No \u00faltimo semestre de 2023 e neste in\u00edcio de 2024, os BEVs, battery electric vehilcles, come\u00e7aram a motivar algumas m\u00e1s not\u00edcias, em uma combina\u00e7\u00e3o de redu\u00e7\u00e3o da demanda em mercados importantes, retirada de subs\u00eddios na Alemanha, cortes de investimentos em novas f\u00e1bricas de carros e baterias na Europa e nos Estados Unidos, produ\u00e7\u00e3o abaixo das metas e alta desvaloriza\u00e7\u00e3o dos el\u00e9tricos usados.<\/p>\n\n\n\n

Ungidos no mundo desenvolvido como solu\u00e7\u00e3o final para descarbonizar as emiss\u00f5es veiculares, os carros el\u00e9tricos tornaram-se o principal destino de investimentos de dezenas de bilh\u00f5es de d\u00f3lares e euros dos maiores fabricantes do mundo. O problema \u00e9 que os BEVs est\u00e3o demorando mais do que era esperado para alcan\u00e7ar viabilidade comercial pr\u00f3pria e desmamar de incentivos p\u00fablicos, colocando em risco o retorno dos bilh\u00f5es j\u00e1 investidos. \u00c9 o velho mal de se colocar todos os ovos em uma \u00fanica cesta \u2013 especialmente quando h\u00e1 outras cestas vi\u00e1veis.<\/p>\n\n\n\n

Alerta na Europa<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Na Europa, primeira regi\u00e3o do mundo onde a eletrifica\u00e7\u00e3o ganhou corpo sustentada por legisla\u00e7\u00e3o favor\u00e1vel e generosos subs\u00eddios de diversos governos, o alerta soou no maior de seus mercados, a Alemanha, que no fim de dezembro comunicou o cancelamento, um ano antes do previsto, de incentivos de at\u00e9 \u20ac 6 mil que concedia para quem comprasse um carro el\u00e9trico.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s conceder mais de \u20ac 10 bilh\u00f5es em incentivos a ve\u00edculos eletrificados desde 2016, o governo alem\u00e3o informou que n\u00e3o tem mais recursos no or\u00e7amento p\u00fablico para bancar a transi\u00e7\u00e3o para os BEVs.<\/p>\n\n\n\n

Com efeito a Europa registrou em dezembro o pior desempenho mensal dos carros el\u00e9tricos desde antes da pandemia, em 2020. As vendas na regi\u00e3o ca\u00edram 16,3% na compara\u00e7\u00e3o com dezembro de 2022. Na Alemanha o baque foi o pior: a retra\u00e7\u00e3o nas compras de BEVs foi de 48% em rela\u00e7\u00e3o a um ano antes, e os h\u00edbridos ca\u00edram 74%.<\/p>\n\n\n

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O resultado negativo joga mais uma vez d\u00favidas sobre a viabilidade de cumprir a legisla\u00e7\u00e3o da Uni\u00e3o Europeia, que estabeleceu, at\u00e9 2035, o banimento total de ve\u00edculos alimentados por combust\u00edveis f\u00f3sseis. J\u00e1 h\u00e1 gente gra\u00fada na ind\u00fastria que admite um poss\u00edvel adiamento desse prazo.<\/p>\n\n\n\n

A Volkswagen, maior fabricante europeu, para superar o esc\u00e2ndalo da fraude nas medi\u00e7\u00f5es de emiss\u00f5es de seus motores diesel, apostou todas as suas fichas nos BEVs. A empresa adotou plano com ambi\u00e7\u00e3o de ser o maior produtor mundial deles, mas faltou combinar o jogo com a concorr\u00eancia dos chineses.<\/p>\n\n\n\n

No fim do ano passado, ap\u00f3s interrup\u00e7\u00f5es de algumas linhas de produ\u00e7\u00e3o de el\u00e9tricos, o CEO Thomas Shaefer admitiu que a empresa precisa mudar de estrat\u00e9gia. Coincid\u00eancia ou n\u00e3o, a Volkswagen cancelou investimento de US$ 2,2 bilh\u00f5es que faria em uma nova f\u00e1brica de BEVs na Alemanha.<\/p>\n\n\n\n

O mercado europeu \u00e9 o segundo maior do mundo para os BEVs, em 2023 concentrou 22% das vendas globais, com 2 milh\u00f5es de unidades, com vistoso crescimento de 27% sobre 2022, mas que come\u00e7ou a apresentar retra\u00e7\u00e3o no fim do ano passado, abrindo uma at\u00e9 ent\u00e3o in\u00e9dita guerra de pre\u00e7os que puxa para baixo a rentabilidade e o valor dos usados.<\/p>\n\n\n\n

Nos Estados Unidos e na Europa a Tesla adotou seis redu\u00e7\u00f5es de pre\u00e7o de seu carro mais barato, o Model 3, que come\u00e7ou 2023 custando US$ 47 mil e terminou o ano em US$ 39 mil no mercado estadunidense. Para compensar o fim dos incentivos na Alemanha a Volkswagen criou um \u201cb\u00f4nus ambiental\u201d de mais de \u20ac 7 mil para quem quiser levar um ID.3 para casa, e de \u20ac 7,7 mil para o ID.4. Por certo o desconto est\u00e1 sendo sustentado por corte de lucro ou aumento de preju\u00edzo.<\/p>\n\n\n\n

Sempre mais c\u00e9tico em rela\u00e7\u00e3o aos el\u00e9tricos o CEO do Grupo Stellantis, Carlos Tavares, chamou o cen\u00e1rio de \u201cbanho de sangue\u201d, afirmando que as redu\u00e7\u00f5es podem levar fabricantes ao colapso: \u201cConhe\u00e7o uma empresa que cortou brutalmente os pre\u00e7os e a sua rentabilidade entrou em colapso. Quando voc\u00ea faz isso pula em um oceano vermelho, as coisas ficam muito dif\u00edceis no futuro\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Rev\u00e9s nos Estados Unidos<\/strong><\/p>\n\n\n\n

A GM, que vende ao p\u00fablico e aos seus acionistas os BEVs como solu\u00e7\u00e3o \u00fanica e final para o futuro de seus ve\u00edculos, diante de demanda muito menor do que a alardeada, reconheceu que n\u00e3o conseguir\u00e1 atingir seu plano de produzir 400 mil carros el\u00e9tricos at\u00e9 o meio de 2024, porque vendeu apenas 100 mil no segundo semestre de 2023.<\/p>\n\n\n\n

Em outubro a empresa divulgou que ir\u00e1 atrasar em um ano a constru\u00e7\u00e3o de uma f\u00e1brica de picapes el\u00e9tricas em Detroit, ber\u00e7o da ind\u00fastria automotiva nos Estados Unidos.<\/p>\n\n\n

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Em novembro foi a vez da Ford divulgar m\u00e1s not\u00edcias: a empresa informou que vai revisar ou atrasar investimentos em ve\u00edculos el\u00e9tricos da ordem de US$ 12 bilh\u00f5es, que foram anunciados meses antes, em fevereiro. A fabricante justificou o movimento pela demanda abaixo da esperada por modelos eletrificados.<\/p>\n\n\n\n

Em ato cont\u00ednuo a Ford tamb\u00e9m anunciou o primeiro alvo dos cortes: a redu\u00e7\u00e3o do investimento de US$ 3,5 bilh\u00f5es em uma f\u00e1brica de baterias a ser constru\u00edda no Estado de Michigan.<\/p>\n\n\n\n

O expressivo crescimento anual, em 2023, de 50% nas vendas de BEVs nos Estados Unidos foi registrado sob uma base de compara\u00e7\u00e3o baixa e ainda esconde um mercado quase de nicho, de 7,7% do total de 15,5 milh\u00f5es de ve\u00edculos novos registrados.<\/p>\n\n\n\n

\u00c0s custas de incentivos governamentais e cortes de pre\u00e7os pela primeira vez, o pa\u00eds das enormes picapes a gasolina superou a marca de 1 milh\u00e3o de carros el\u00e9tricos vendidos no ano, foram quase 1,2 milh\u00e3o deles, mais da metade, 55%, modelos Tesla.<\/p>\n\n\n\n

Analistas avaliam que ap\u00f3s o salto de 2023 a expans\u00e3o dos BEVs tende a arrefecer nos Estados Unidos. As muitas startups fabricantes de ve\u00edculos el\u00e9tricos que surgiram no pa\u00eds na esteira do sucesso da Tesla chegaram a valer especulativos bilh\u00f5es de d\u00f3lares antes de produzir um carro sequer, mas agora pagam o pre\u00e7o das promessas que n\u00e3o conseguiram cumprir aos investidores. Dezoito empresas do setor que abriram capital em bolsa correm o risco de chegar ao fim de 2024 sem caixa. Tr\u00eas delas j\u00e1 entraram com pedido de recupera\u00e7\u00e3o judicial.<\/p>\n\n\n\n

Nem a Tesla escapa<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Nem mesmo o \u00edcone maior do eletroativismo veicular e maior fabricante de carros el\u00e9tricos do mundo, cujo valor de mercado ultrapassou todas as grandes fabricantes de ve\u00edculos, escapou das not\u00edcias negativas. Alguns dias atr\u00e1s a Tesla divulgou resultados financeiros que decepcionaram os analistas de mercado.<\/p>\n\n\n\n

Em 2023 a empresa do bilion\u00e1rio Elon Musk seguiu sendo a maior fabricante de BEVs, vendeu 1,8 milh\u00e3o deles no mundo todo, mas por pre\u00e7os menores, perdendo rentabilidade, o que fez seu valor de mercado recuar US$ 94 bilh\u00f5es nas duas primeiras semanas de janeiro, no pior come\u00e7o de ano para a Tesla desde que abriu seu capital na bolsa, em 2010.<\/p>\n\n\n\n

O crescimento j\u00e1 n\u00e3o \u00e9 mais t\u00e3o pujante e a concorr\u00eancia chinesa est\u00e1 destruindo os lucros. As margens da Tesla ainda n\u00e3o muito altas mas sofreram queda acentuada no fim de 2023, recuando de 27,5% para 16,3%. No \u00faltimo trimestre do ano passado a empresa perdeu a lideran\u00e7a de vendas globais de carros el\u00e9tricos para chinesa Byd, que vendeu 1,6 milh\u00e3o de BEVs no mundo e cresceu deslumbrantes 73%.<\/p>\n\n\n\n

Em recente teleconfer\u00eancia para apresentar os resultados da Tesla em 2023 Elon Musk acusou o inc\u00f4modo da concorr\u00eancia no cangote e reconheceu que \u201cas fabricantes chinesas de carros el\u00e9tricos dever\u00e3o ter sucesso significativo fora da China\u201d nos pr\u00f3ximos anos. Homem mais rico do mundo e defensor do livre mercado, Musk deixou no ar um poss\u00edvel pedido de socorro aos governos ocidentais: \u201cFrancamente penso que, se n\u00e3o forem estabelecidas barreiras comerciais, elas [as chinesas] ir\u00e3o praticamente demolir a maioria das outras empresas no mundo\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Mico na loca\u00e7\u00e3o e na revenda<\/strong><\/p>\n\n\n\n

A Hertz, uma das maiores locadoras de ve\u00edculos do mundo, citando redu\u00e7\u00e3o na demanda por BEVs nos Estados Unidos, anunciou que desistiu de seu plano de comprar 100 mil modelos Tesla e, ao longo deste ano, vai se desfazer de 20 mil BEVs, um ter\u00e7o de sua frota de ve\u00edculos el\u00e9tricos, para troc\u00e1-los por carros a combust\u00e3o mais procurados pelos clientes.<\/p>\n\n\n\n

A locadora esperava aumentar seus lucros com a oferta de el\u00e9tricos, apostando em atrair clientes dispostos a pagar di\u00e1rias mais caras, e que a venda dos usados tamb\u00e9m fosse mais lucrativa. Mas aconteceu justamente o contr\u00e1rio. A realidade \u00e9 que os clientes n\u00e3o querem pagar mais por um BEV, seja para alugar ou comprar um de segunda-m\u00e3o.<\/p>\n\n\n

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Por outro lado a agressiva pol\u00edtica de cortes de pre\u00e7os adotada pela Tesla tamb\u00e9m reduziu o valor de quem tem um modelo usado da marca, como \u00e9 o caso da Hertz, que calcula perdas de US$ 245 milh\u00f5es com a deprecia\u00e7\u00e3o e desmobiliza\u00e7\u00e3o dos BEVs de sua frota.
Movimento parecido aconteceu na Europa onde a Sixt decidiu retirar todos os Tesla de sua frota.<\/p>\n\n\n\n

Se est\u00e1 dif\u00edcil alugar um carro el\u00e9trico mais dif\u00edcil ainda \u00e9 a revenda. Ap\u00f3s o r\u00e1pido crescimento da frota global na \u00faltima d\u00e9cada a ind\u00fastria est\u00e1 lidando pela primeira vez com os BEVs usados \u2013 e os resultados s\u00e3o ruins.<\/p>\n\n\n\n

Ao contr\u00e1rio dos j\u00e1 bem conhecidos ve\u00edculos a combust\u00e3o, avaliados pelo estado geral e quilometragem, ainda n\u00e3o h\u00e1 crit\u00e9rios claros para precificar um modelo el\u00e9trico de segunda-m\u00e3o, no qual as baterias representam mais de 30% do valor e sua durabilidade \u00e9 avaliada por ciclos de recarga.<\/p>\n\n\n\n

Ali\u00e1s este \u00e9 outro problema: a frota de BEVs cresce mais r\u00e1pido do que os postos de recarga, o que gera mais inseguran\u00e7a aos poss\u00edveis compradores.<\/p>\n\n\n\n

Como se trata de tecnologia em evolu\u00e7\u00e3o, os novos modelos est\u00e3o cada vez melhores, mais baratos e com maior autonomia, o que tamb\u00e9m deprecia o mercado de usados, pois poucos arriscam comprar um BEV de segunda-m\u00e3o, que na Europa est\u00e1 demorando mais de noventa dias para ser revendido e desvaloriza bem mais do que um modelo similar a combust\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

\u00c0 ag\u00eancia Bloomberg o diretor de opera\u00e7\u00f5es da Toyota Motor na Europa, Matt Harrison, disse que \u201csimplesmente n\u00e3o h\u00e1 procura por ve\u00edculos el\u00e9tricos usados\u201d. Dirk von Knapp, representante de concession\u00e1rias Volkswagen e Audi na Alemanha, afirma que \u201c\u00e9 preciso reduzir significativamente os pre\u00e7os apenas para que os clientes olhem para os ve\u00edculos el\u00e9tricos\u201d.<\/p>\n\n\n

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Neste cen\u00e1rio preocupa bastante os cerca de 1,2 milh\u00e3o de BEVs vendidos na Europa em 2021, a maioria deles por contratos de leasing de tr\u00eas anos que v\u00e3o vencer este ano. Os clientes devem devolver esses carros que ir\u00e3o inundar o mercado de usados, aumentando o encalhe e desvalorizando ainda mais os pre\u00e7os.<\/p>\n\n\n\n

China demolidora<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Os problemas agora enfrentados pelos el\u00e9tricos est\u00e3o mais presentes na Europa e nos Estados Unidos. Na China o governo, que controla o mercado com m\u00e3o-de-ferro, segue incentivando fortemente sua ind\u00fastria de ve\u00edculos eletrificados, for\u00e7ando redu\u00e7\u00f5es de pre\u00e7os que come\u00e7am a se espalhar pelo mundo e j\u00e1 incomodam os fabricantes tradicionais em seus pr\u00f3prios mercados.<\/p>\n\n\n\n

Os chineses compraram 5,1 milh\u00f5es de BEVs em 2023, em expans\u00e3o anual de 21%. Os carros a bateria dominam perto de um quarto das vendas dom\u00e9sticas na China, que sozinha representou 57% do mercado global no ano passado, com tend\u00eancia de expandir ainda mais esta fatia e espalhar seus el\u00e9tricos pelo mundo.<\/p>\n\n\n\n

Mas n\u00e3o sem problemas. No mercado dom\u00e9stico BEVs usados e desvalorizados j\u00e1 come\u00e7am a ser abandonados nas ruas das grandes cidades chinesas, segundo relatam ag\u00eancias de not\u00edcias. Ao mesmo tempo, fora do pa\u00eds, os grandes mercados da Europa e dos Estados Unidos j\u00e1 imp\u00f5em ou estudam impor tarifa\u00e7\u00e3o maior e barreiras comerciais para conter a concorr\u00eancia de empresas chinesas.<\/p>\n\n\n\n

Crescimento dependente de incentivos<\/strong><\/p>\n\n\n\n

As vendas de BEVs bateram o recorde hist\u00f3rico de 9 milh\u00f5es em 2023, com crescimento de 29% sobre 2022 e participa\u00e7\u00e3o em torno de pouco mais de 10% no total de 86 milh\u00f5es de ve\u00edculos vendidos no mundo. Fora da China, da Europa e dos Estados Unidos, o resto do mundo consumiu apenas 8% dos BEVs vendidos.<\/p>\n\n\n\n

Ningu\u00e9m nega o forte crescimento de participa\u00e7\u00e3o dos el\u00e9tricos at\u00e9 agora e nem se espera por grandes quedas nos pr\u00f3ximos anos, mas fica claro que sem subs\u00eddios e incentivos os ve\u00edculos a bateria perdem for\u00e7a porque ainda \u00e9 uma tecnologia cara e em evolu\u00e7\u00e3o, que n\u00e3o resolveu todos os seus problemas, principalmente o da infraestrutura de recarga insuficiente, incertezas sobre custo de reparos em caso de acidentes e alta desvaloriza\u00e7\u00e3o na hora de revender o BEV usado.<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a euforia inicial sobre os carros el\u00e9tricos como solu\u00e7\u00e3o final para a descarboniza\u00e7\u00e3o das emiss\u00f5es veiculares, est\u00e1 mais dif\u00edcil conquistar a confian\u00e7a do consumidor para algo que ele ainda n\u00e3o sabe se ser\u00e1 um mico. Assim outras solu\u00e7\u00f5es menos charmosas voltam a ganhar chance de prosperar, como os biocombust\u00edveis.<\/p>\n\n\n\n

Pedro Kutney \u00e9 jornalista especializado em economia, finan\u00e7as e ind\u00fastria automotiva. \u00c9 autor da coluna Observat\u00f3rio Automotivo, especializada na cobertura do setor automotivo<\/em><\/p>\n\n\n\n

Fonte: AutoInd\u00fastria<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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