{"id":59405,"date":"2024-01-17T15:20:48","date_gmt":"2024-01-17T18:20:48","guid":{"rendered":"https:\/\/portaldaautopeca.com.br\/?p=59405"},"modified":"2024-01-17T16:34:13","modified_gmt":"2024-01-17T19:34:13","slug":"polo-nos-compactos-e-seal-entre-sedas-grandes-destacaram-se-em-2023","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/portaldaautopeca.com.br\/noticias\/local\/polo-nos-compactos-e-seal-entre-sedas-grandes-destacaram-se-em-2023\/","title":{"rendered":"Polo, nos compactos, e Seal, entre sed\u00e3s grandes, destacaram-se em 2023"},"content":{"rendered":"\n

Algumas surpresas marcaram o mercado de autom\u00f3veis e comerciais leves em 2023. Pelo menos uma delas se trata da repeti\u00e7\u00e3o de um cen\u00e1rio interessante. Pelo terceiro ano consecutivo uma picape, a Fiat Strada, foi o modelo mais vendido. Claro que uma picape de cabine dupla e quatro portas \u00e9 um produto que paga menos imposto, sem ficar t\u00e3o distante de um SUV no uso di\u00e1rio. Somada as vers\u00f5es direcionadas ao transporte de bens levou a uma posi\u00e7\u00e3o de mercado que ningu\u00e9m imaginava desde seu lan\u00e7amento em 1998.<\/p>\n\n\n\n

Esse resultado elevou o segmento de picapes pequenas de 7,5% para 9,6% do total de 16 em que a coluna divide o mercado brasileiro. Os 2,1 pontos percentuais extras foram a maior expans\u00e3o ocorrida no ano passado e com apenas quatro modelos (Strada, Saveiro, Montana e Duster). H\u00edbridos vieram em seguida (2,1% para 3,4%) e os el\u00e9tricos em terceiro (0,4% para 0,8%).<\/p>\n\n\n\n

Outra conquista foi do Polo que pela primeira vez assumiu a posi\u00e7\u00e3o de autom\u00f3vel de passageiros mais vendido no Brasil, depois de 21 anos de mercado (lan\u00e7ado em 2002). Desbancou o Onix que dominava entres os hatches compactos, o mais concorrido em volume e com 10 modelos de 10 fabricantes.<\/p>\n\n\n\n

Mais um fato in\u00e9dito: uma marca chinesa, BYD, liderou com o Seal entre sed\u00e3s grandes. Mas n\u00e3o foi o primeiro el\u00e9trico a conquistar essa posi\u00e7\u00e3o em um nicho, pois o Taycan teve a primazia em 2021. J\u00e1 o tamb\u00e9m chin\u00eas Dolphin, l\u00edder folgado entre os el\u00e9tricos, \u00e9 um hatch de porte m\u00e9dio, tipo de carroceria atualmente sem representatividade no Brasil.<\/p>\n\n\n\n

O T-Cross continuou como SUV mais vendido, por\u00e9m com o Tracker quase empatado. A posi\u00e7\u00e3o de dom\u00ednio mais absoluto \u2013 80% das vendas entre sed\u00e3s m\u00e9dio-compactos \u2013 foi mantida pelo Corolla.<\/p>\n\n\n\n

Ranking da coluna tem crit\u00e9rios pr\u00f3prios e t\u00e9cnicos com classifica\u00e7\u00e3o por silhuetas. Refer\u00eancia principal \u00e9 dist\u00e2ncia entre eixos, al\u00e9m de outros par\u00e2metros. Sed\u00e3s de topo (baixo volume) e monovolumes (oferta reduzida) ficam de fora. Base de pesquisa \u00e9 o Registro Nacional de Ve\u00edculos Automotores (Renavam). Citados apenas os modelos mais representativos (m\u00ednimo de dois) e de maior import\u00e2ncia dentro do segmento. Compila\u00e7\u00e3o de Paulo Garbossa, da consultoria ADK.<\/p>\n\n\n\n

Hatch subcompacto: <\/em><\/strong>Mobi, 53%; Kwid, 46%. Sem altera\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Hatch compacto: <\/em><\/strong>Polo, 24%; Onix, 22%; HB20\/X, 19%; Argo, 14%; 208, 6%; C3, 5,6%; Yaris, 5% ; City, 2,33%; Stepway, 1,7%. Polo, novo l\u00edder.<\/p>\n\n\n\n

Sed\u00e3 compacto: <\/em><\/strong>Onix Plus, 32%; Cronos, 22%; HB20S, 13%; Virtus, 12%; Yaris, 9%; City, 5%; Versa, 4%; Logan, 2%. Sobe press\u00e3o sobre Onix Plus.<\/p>\n\n\n\n

Sed\u00e3 m\u00e9dio-compacto: <\/em><\/strong>Corolla, 80%; Sentra, 8%; Jetta, 4%. Corolla disparado na frente.<\/p>\n\n\n\n

Sed\u00e3 m\u00e9dio-grande: <\/em><\/strong>BMW S\u00e9rie 3\/4, 69%; Mercedes Classe C, 12%; Audi A5\/S5\/RS5, 8%. Ampla folga dos BMW.<\/p>\n\n\n\n

Sed\u00e3 grande: <\/em><\/strong>Seal, 49%; Panamera, 24%; Taycan, 15%. El\u00e9trico Seal chegou e venceu.<\/p>\n\n\n\n

Esportivo: <\/em><\/strong>BMW M3\/M4, 44%; Mustang, 38%; BMW M2, 7%. BMW recupera lideran\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Esporte: <\/em><\/strong>911, 56%; 718 Boxster\/Cayman, 27%; F-Type, 5%. Firm\u00edssimo territ\u00f3rio Porsche.<\/p>\n\n\n\n

SUV compacto: <\/em><\/strong>T-Cross, 13%; Tracker, 12,2%; Creta, 12,1%; Nivus, 10%; Kicks, 9%; HR-V, 8,8%; Renegade, 8,7%; Pulse, 8,4%; Fastback, 7%; Duster, 5%; Tiggo 5x, 3%. Lideran\u00e7a apertada do T-Cross.<\/p>\n\n\n\n

SUV m\u00e9dio-compacto: <\/em><\/strong>Compass, 42%; Corolla Cross, 30%; Taos, 11%. Compass mant\u00e9m posi\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

SUV m\u00e9dio-grande: <\/em><\/strong>Commander, 22%, SW4, 18%; H6, 12%. L\u00edder com menos folga.<\/p>\n\n\n\n

SUV grande: <\/em><\/strong>BMW X5\/X6, 23%; Cayenne, 16%; XC90, 13%. BMW volta a liderar.<\/p>\n\n\n\n

Picape pequena: <\/em><\/strong>Strada, 57%; Saveiro, 22%; Montana, 14%. Strada inabal\u00e1vel.<\/p>\n\n\n\n

Picape m\u00e9dia (carga 1.000 kg): <\/em><\/strong>Toro, 27%; Hilux, 24%; S10, 14%. Mais aperto para a Toro.<\/p>\n\n\n\n

H\u00edbridos: <\/em><\/strong>Corolla Cross, 16%; H6, 14%; Corolla, 11%. Lideran\u00e7a mais apertada.<\/p>\n\n\n\n

El\u00e9tricos: <\/em><\/strong>Dolphin, 38%; C40\/XC40, 15%; Yuan Plus, 10%. Novo dono da situa\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Megane E-Tech, el\u00e9trico bom de guiar e bem equipado<\/strong><\/p>\n\n\n\n

A Renault mostrou grande evolu\u00e7\u00e3o em um produto el\u00e9trico, depois do in\u00edcio bastante limitado com o Zoe em 2018. Megane E-Tech \u00e9 um crossover, que lembra em alguns pontos um SUV. O conjunto \u00f3tico dianteiro agrada com far\u00f3is altos, baixos e de neblina em bloco \u00fanico, al\u00e9m do formato chamativo das luzes de rodagem diurna (DRL). Rodas de 18 pol., ma\u00e7anetas embutidas (as traseiras, nas colunas) e o perfil inspirado em cup\u00eas formam seu melhor \u00e2ngulo. Na traseira as lanternas unem-se de um lado ao outro com piscas progressivos. Bom porta-malas de 440 litros, por\u00e9m sem abertura autom\u00e1tica.<\/p>\n\n\n\n

No interior a alavanca de sele\u00e7\u00e3o de marchas fica no lado direito da coluna de dire\u00e7\u00e3o. Interessantes as duas sa\u00eddas do ar-condicionado verticais, uma delas separando o quadro de instrumentos da central multim\u00eddia de 9 pol. com Android Auto e AppleCarPlay pareados sem fio e carregamento do celular por indu\u00e7\u00e3o. H\u00e1 quatro sa\u00eddas USB-C. O confort\u00e1vel banco do motorista n\u00e3o disp\u00f5e de regulagem el\u00e9trica. Quem vai atr\u00e1s tem bom espa\u00e7o gra\u00e7as ao assoalho plano e \u00e0 boa dist\u00e2ncia entre eixos de 2.685 mm.<\/p>\n\n\n\n

Em uma semana deu para sentir que o E-Tech desempenha muito bem, tanto em estrada quanto na cidade. Tra\u00e7\u00e3o \u00e9 dianteira. Motor de 220 cv e 30,6 kgf\u00b7m est\u00e1 bem dimensionado para uma massa total de 1.680 kg. Acelera\u00e7\u00e3o de 0 a 100 km\/h em 7,4 s e velocidade m\u00e1xima de 160 km\/h. Permite administrar a intensidade de regenera\u00e7\u00e3o para recarga da bateria de 60 kW\u00b7h por meio de hastes atr\u00e1s do volante. Muito bom o sistema de alerta a pedestres e ciclistas sobre a presen\u00e7a do carro, em tr\u00eas n\u00edveis de intensidade. Sil\u00eancio a bordo impressiona mais que em outros el\u00e9tricos.<\/p>\n\n\n\n

Pacote de seguran\u00e7a ativa inclui frenagem aut\u00f4noma de emerg\u00eancia tamb\u00e9m em manobras de estacionamento tanto na frente quanto na traseira. Alcance m\u00e9dio pelo padr\u00e3o Inmetro \u00e9 de 337 km. Durante o uso em cidade chega perto de 400 km pelo indicador no painel. Na estrada, mantendo 120 km\/h constantes, inclusive em subidas de pouca inclina\u00e7\u00e3o, roda em torno de 280 km.<\/p>\n\n\n\n

Esclarecimento sobre importa\u00e7\u00e3o de linhas de produ\u00e7\u00e3o usadas<\/strong><\/p>\n\n\n\n

O programa governamental rec\u00e9m-lan\u00e7ado Mover \u2013 Mobilidade Verde e Inova\u00e7\u00e3o \u2013 ainda exigir\u00e1 uma s\u00e9rie de medidas complementares ao longo de 2024, mas nada referente \u00e0 importa\u00e7\u00e3o de linhas de produ\u00e7\u00e3o usadas como foi interpretado erroneamente em publica\u00e7\u00e3o na internet. Na realidade a legisla\u00e7\u00e3o brasileira continua a proibir esse tipo de procedimento.<\/p>\n\n\n\n

Entretanto, h\u00e1 coment\u00e1rios de bastidores que em um futuro ainda n\u00e3o previs\u00edvel \u00e9 natural que a produ\u00e7\u00e3o de ve\u00edculos com motores a combust\u00e3o tenda a diminuir na Europa e em outros mercados de alto poder aquisitivo. Isso ocorrer\u00e1 na medida em que a produ\u00e7\u00e3o de ve\u00edculos el\u00e9tricos suba ao ponto de tornar-se antiecon\u00f4mica a fabrica\u00e7\u00e3o simult\u00e2nea de motores a combust\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Dessa forma, especula-se que o Brasil poderia assumir essa produ\u00e7\u00e3o de motores tradicionais sob escala competitiva para exporta\u00e7\u00e3o. De que maneira isso seria feito e a partir de quando ainda n\u00e3o h\u00e1 a menor ideia. \u00c9 algo cogitado apenas em conversas informais de bastidores.<\/p>\n\n\n

\n
\"\"<\/figure><\/div>\n\n\n

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