{"id":59387,"date":"2024-01-17T12:58:21","date_gmt":"2024-01-17T15:58:21","guid":{"rendered":"https:\/\/portaldaautopeca.com.br\/?p=59387"},"modified":"2024-01-17T12:58:23","modified_gmt":"2024-01-17T15:58:23","slug":"sem-reforma-administrativa-carga-tributaria-aumentara","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/portaldaautopeca.com.br\/noticias\/local\/sem-reforma-administrativa-carga-tributaria-aumentara\/","title":{"rendered":"Sem reforma administrativa, carga tribut\u00e1ria aumentar\u00e1"},"content":{"rendered":"\n

*Por Jos\u00e9 Roberto Tadros<\/em><\/p>\n\n\n\n

Ao contr\u00e1rio de opini\u00f5es que circulam em alguns corredores, n\u00e3o s\u00e3o as exce\u00e7\u00f5es da rec\u00e9m-aprovada reforma tribut\u00e1ria o maior entrave para a redu\u00e7\u00e3o da carga tribut\u00e1ria. Os impostos existem para custear o funcionamento da m\u00e1quina p\u00fablica, que fica mais caro 8,8% ao ano. Quanto maiores as despesas p\u00fablicas e menos eficiente a aplica\u00e7\u00e3o dos recursos, mais impostos s\u00e3o necess\u00e1rios. O Portal da Transpar\u00eancia revela um gasto p\u00fablico anual de R$ 4,3 trilh\u00f5es, evidenciando a necessidade premente de reformas administrativas para otimizar a distribui\u00e7\u00e3o dos recursos p\u00fablicos.<\/p>\n\n\n\n

A trajet\u00f3ria ascendente dessas despesas imp\u00f5e uma crescente press\u00e3o para ampliar a arrecada\u00e7\u00e3o de impostos. Por esse \u00e2ngulo, a ansiedade do governo \u00e9 compreens\u00edvel, mas a al\u00edquota geral j\u00e1 atinge preocupantes 33,7% do PIB. As exce\u00e7\u00f5es aprovadas pelo Congresso Nacional contribu\u00edram, sim, para o descolamento da al\u00edquota do Imposto sobre Valor Agregado (IVA). Contudo, pouco se discute sobre o peso do Estado. O alto custo das contas p\u00fablicas demanda n\u00edveis de tributa\u00e7\u00e3o de pa\u00edses desenvolvidos, mas o retorno social dos impostos \u00e9 substancialmente inferior. A reforma administrativa \u00e9, assim, urgente.<\/p>\n\n\n\n

Os resultados prim\u00e1rios negativos dos \u00faltimos dez anos evidenciam que o Brasil tem s\u00e9rias dificuldades de fechar as contas, mesmo com uma carga tribut\u00e1ria de um ter\u00e7o do PIB. Desse modo, a reforma tribut\u00e1ria nasce sem atender \u00e0 necessidade de diminui\u00e7\u00e3o da carga de impostos.<\/p>\n\n\n\n

No contexto internacional, o Brasil poder\u00e1 estar no topo da lista de tributa\u00e7\u00e3o mundial por IVA, que hoje pertence \u00e0 Hungria (cuja al\u00edquota \u00e9 de 27%). Em compara\u00e7\u00e3o com a m\u00e9dia da Organiza\u00e7\u00e3o para Coopera\u00e7\u00e3o e Desenvolvimento Econ\u00f4mico (OCDE), em que o IVA \u00e9 de 19%, e do Brics, que tem m\u00e9dia de 17%, o Brasil caminha para um destino preocupante, j\u00e1 que o mercado estipula um IVA de at\u00e9 39%, muito distante da previs\u00e3o inicial do governo, que era de 25%. Em rela\u00e7\u00e3o aos Estados Unidos, cuja al\u00edquota m\u00e9dia \u00e9 de 6,6%, a disparidade chega a 257%.<\/p>\n\n\n\n

Isso compromete, sobremaneira, a competitividade do Pa\u00eds. O aumento de impostos contribui significativamente para o chamado \u201ccusto Brasil\u201d: o \u00f4nus fiscal representa uma perda de competitividade de at\u00e9 R$ 280 bilh\u00f5es anuais.<\/p>\n\n\n\n

A abordagem precisa ser mais abrangente. A reforma administrativa \u00e9 imprescind\u00edvel para promover uma estrutura tribut\u00e1ria equitativa. Sem isso, o futuro \u00e9 de aumento cont\u00ednuo da carga tribut\u00e1ria, comprometendo o ambiente de neg\u00f3cios e a qualidade de vida da popula\u00e7\u00e3o brasileira.<\/p>\n\n\n\n

*Jos\u00e9 Roberto Tadros \u00e9 presidente da Confedera\u00e7\u00e3o Nacional do Com\u00e9rcio de Bens, Servi\u00e7os e Turismo (CNC).
Artigo originalmente publicado no jornal O Estado de S.Paulo, em 16 de janeiro de 2024<\/em><\/strong><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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