Produ\u00e7\u00e3o cai 31,6% em 2020. Anfavea projeta recupera\u00e7\u00e3o de 25% em 2021<\/p>\n\n\n\n
A Associa\u00e7\u00e3o Nacional dos Fabricantes de Ve\u00edculos Automotores (ANFAVEA) divulgou hoje os n\u00fameros do fechamento de 2020, fortemente impactados pela pandemia que interrompeu um ciclo de tr\u00eas anos de recupera\u00e7\u00e3o ap\u00f3s outra crise, a de 2015\/2016. A entidade divulgou tamb\u00e9m suas proje\u00e7\u00f5es para 2021, com crescimento moderado sobre o ano anterior, ainda insuficiente para recuperar os patamares de 2019.<\/p>\n\n\n\n
Dezembro: Melhor m\u00eas do ano em licenciamentos A produ\u00e7\u00e3o de 209.296 unidades em dezembro foi uma boa surpresa, apesar de todos os desafios log\u00edsticos, das limita\u00e7\u00f5es de insumos e dos protocolos sanit\u00e1rios. \u201cA ind\u00fastria fez um grande esfor\u00e7o para atender a demanda, trabalhando aos finais de semana e suspendendo parte das f\u00e9rias coletivas, mas entra em 2021 com os estoques mais baixos de sua hist\u00f3ria, suficientes apenas para 12 dias de vendas\u201d, ressaltou o Presidente Luiz Carlos Moraes.<\/p>\n\n\n\n 2020: Tombo veio quando se projetava crescimento de 10% A produ\u00e7\u00e3o de 2.014.055 autove\u00edculos encolheu 31,6%, deixando a ind\u00fastria automobil\u00edstica com uma ociosidade t\u00e9cnica de quase 3 milh\u00f5es de unidades. No ranking global, deveremos ser superados pela Espanha (dados provis\u00f3rios), caindo para a nona coloca\u00e7\u00e3o. J\u00e1 as exporta\u00e7\u00f5es de 324.330 de unidades foram as piores desde 2002, um retrocesso de quase duas d\u00e9cadas. Em valores, a receita de US$ 7,4 bilh\u00f5es foi menos da metade do que se exportou em 2017 (US$ 15,9 bilh\u00f5es).<\/p>\n\n\n\n O segmento de caminh\u00f5es, impulsionado pelo agroneg\u00f3cio e pelo crescimento do e-commerce, foi o que teve as menores perdas entre os autove\u00edculos, com queda de 11,5% nos licenciamentos em rela\u00e7\u00e3o a 2019. Comerciais leves ca\u00edram 16%, autom\u00f3veis 28,6% e \u00f4nibus 33,4%. J\u00e1 as m\u00e1quinas agr\u00edcolas e rodovi\u00e1rias venderam 7,3% mais que no ano passado.<\/p>\n\n\n\n 2021: Proje\u00e7\u00f5es de crescimento ainda exigem cautela \u201cNunca foi t\u00e3o dif\u00edcil projetar os resultados de um ano, pois temos uma neblina \u00e0 nossa frente desde mar\u00e7o, quando come\u00e7ou a pandemia\u201d, explica Luiz Carlos Moraes. Infelizmente, observamos uma segunda onda de covid-19 em pa\u00edses do hemisf\u00e9rio norte, que parece ter chegado tamb\u00e9m ao Brasil. E sabemos que uma imuniza\u00e7\u00e3o pela vacina ser\u00e1 um processo demorado, que tomar\u00e1 quase todo o ano, impedindo uma retomada mais r\u00e1pida da nossa economia. Some-se a isso a press\u00e3o de custos, as necessidades urgentes de reformas e surpresas desagrad\u00e1veis como o aumento do ICMS paulista, e temos diante de n\u00f3s um quadro que ainda inspira muita cautela nas nossas previs\u00f5es\u201d, resume o Presidente da ANFAVEA.<\/p>\n\n\n\n
<\/strong>O \u00faltimo m\u00eas foi o melhor em vendas de autove\u00edculos no ano (243.967 unidades), com m\u00e9dia di\u00e1ria de 11,6 mil unidades. Mas na compara\u00e7\u00e3o com 2019, apenas fevereiro de 2020 teve m\u00e9dia de vendas superior, apesar da recupera\u00e7\u00e3o de mercado verificada no segundo semestre.<\/p>\n\n\n\n
<\/strong>No acumulado do ano, os n\u00fameros apresentaram quedas acentuadas, mas n\u00e3o t\u00e3o dr\u00e1sticas como se projetava no in\u00edcio da pandemia. A grande inje\u00e7\u00e3o de recursos emergenciais na economia e a for\u00e7a do agroneg\u00f3cio ajudaram a amenizar as perdas do segundo trimestre, quando boa parte das f\u00e1bricas e lojas permaneceram fechadas. As vendas ao mercado interno fecharam com 2.058.437 unidades, queda de 26,2%, recuando ao patamar de 2016, auge da \u00faltima crise econ\u00f4mica brasileira.<\/p>\n\n\n\n
<\/strong>A ANFAVEA tamb\u00e9m apresentou suas estimativas para o setor neste ano. A entidade prev\u00ea aumento de 15% no licenciamento de autove\u00edculos, 9% nas exporta\u00e7\u00f5es e 25% na produ\u00e7\u00e3o, \u00edndices insuficientes para a retomada a patamares de 2019, pr\u00e9-pandemia. Para m\u00e1quinas, a expectativa \u00e9 de crescimento de 7% nas vendas, 9% nas exporta\u00e7\u00f5es e 23% na produ\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n